2016
Efemérides
Sobre a corrupção. 23/12/2016
...ou seria sobre o que se passa nas mentes que não tem nenhuma preocupação com sua moradia, comida, o que vão vestir no dia seguinte.
O dinheiro para corromper não fez falta no caixa das empresas e nem deixou elas endividadas. O que sabemos até agora penso ser pouco e que o modelo todo está corroído pela competição financeira e nada mais sobra. Nenhuma empresa, salvo algumas médias ou pequenas, fizeram declarações através de seus controladores, mostrando-se contrárias a este modelo. A proposta de lei anticorrupção foi boa para ver quem apóia. O silêncio de quem não apoiou também é revelador neste caso. É mais ou menos como aquela história, vai que vou precisar deles amanhã.
Então de uma forma ou de outra isto aqui, o país que dizem ser nosso, é uma mera colônia e vai continuar sendo assim por muito tempo, infelizmente.
Se existem valores para corromper, é sinal de que não faziam falta no caixa das empresas. E esta ação revela o quanto não somos governados por quem elegemos e sim pelos que são colocados lá. As candidaturas dependem de acordos, dinheiro para financiamento e aí não existe chance nenhum de um governo do da sociedade brasileira e para toda a sociedade brasileira. E ainda querem fazer crer que isto é uma democracia...
Qual é a democracia que pune os que são certos em detrimento dos que simplesmente roubam? Institucionalmente é só ver o socorro do governo federal para com os estados que declararam falência. Aumentam os impostos e a cena se repete. Livre mercado também não serve como desculpa de que tudo vai dar certo. As empresas que corromperam estava ganhando e lucrando. Então o livre mercado favorece a corrupção.
Claro alguns vão reclamar e dizer que não é assim. Perguntem quanto de seus lucros eles pegam e investem em cultura e educação sem ser por leis de incentivo do estado. Leis que fazem abatimento de impostos. Aliás, ações que também foram corrompidas. Declaram-se gastos que não aconteceram e enquanto isto quem quer fazer mesmo fica penando sem recursos. Tudo como se fosse montado para realmente não acontecer.
Tudo isto fico pensando porque admirocada vez mais as pessoas em nossa região que com poucos recursos a sua disposição ainda acreditam que fazer cultura é preciso. Não importa o tamanho, elas ainda pensam que um dia poderá ser melhor. Será que ainda teremos tempo para isto aumentar ou vamos ter cortes por causa da corrupção justamente naquilo que poderia mudar o modelo mental, a cultura e a educação?
Após votação do pacote de medidas anticorrupção - 30/11/2016
Depois do resultado da votação na Câmara dos Deputados desta madrugada, sim porque para isto tiveram tempo e pressa, vamos ver qual vai ser o comportamento dos prefeitos e vereadores eleitos quando nas posses estes mesmos deputados estiverem presentes.
Aí vamos descobrir que de ponta a ponta estamos fritos e quem está no poder nunca vai querer sair de lá. E outra, tudo é montado para continuar assim, a verba para o município que deveria ser uma mera questão técnica passa a depender do deputado para ser liberada ou não.
Enquanto isto ficamos discutindo futebol, tragédias e guerras dos outros enquanto tudo ao nosso redor cai em ruínas. E não pense que isto é só na esfera pública, acontece em todas elas infelizmente.
Não adianta você ser o melhor funcionário, a pessoa mais gabaritada em sua área, porque você nunca poderá usufruir das mesmas benesses de quem paga pelo seu serviço, muito mal pago diga-se de passagem. Está decidido em outra instância quem usufrui ou não de tudo o que a sociedade em seu todo produz. E para nossa desgraça corruptos e bandidos estão incluidos.
John Cage, concerto na Sonata - 21/11/2016
Estes concertos precisam acontecer com mais frequência, a música da desconstrução no sentido de provocar uma abertura para o novo. Nas primeiras é difícil, mas depois o nosso ser se revela e ele gosta da evolução, porque a única coisa certa é a mudança constante.
Espero que as pianista Lilian Nakahodo e Grace Torres possam voltar, estas apresentações passam muito rápido, elas mudam o passar do tempo.
Porque dançar é o que importa. - 20/11/2016
Dois dias de apresentações do CentrodeArtes Performancefb com direito ao diferente, a busca da perfeição desde pequenas e pequenos, a diversidade da experiência acumulada e tudo acontecendo na harmonia da dança foram ótimos.
Pessoalmente tenho uma definição de estilo para nossas escolas de dança de Francisco Beltrão e começar com a ousadia e irreverência adolescente na mistura de sons, cores e movimentos com volume de presença no palco foram além da expectativa.
Como um mortal comum também tenho expectativas a cada ano, um desafio pessoal para saber quanto consigo prever. E assim, viver momentos de magia, mesmo longos, foi aprazível e vou guardar este comentário para conferir as mudanças no ano que vem.
Parabéns a todos da escola e em especial para as bailarinas Desirê Elli Scalabrin, Ana Caroline Tombini e Ediane Cristina.
Viver a diversidade na dança. - 19/11/2016..
Penso ser esta uma maneira das muitas que poderiam definir a beleza do espetáculo do Studio de Dança Giane Bellé que aconteceu ontem em Dois Vizinhos. A “Paquita”, “No Reino dos Doces” e o “Tributo a Elvis Presley” reuniram o Ballet de repertório clássico com sua vivacidade e perfeição, a graça do Ballet Infantil e finalmente a descontração trazendo para o palco a emoção de outrora.
Dançar com tamanha diversidade de bailarinas e bailarinos é uma tarefa complexa. As mãos que criam algo novo, o olhar que antecipa o próximo movimento, as crianças encontrando seu lugar e outras mais mantiveram aquilo que era importante, ser a dança. Dança que uniu valorizando a individualidade de cada um.
Além dos parabéns, prestigiar é a melhor maneira de valorizar. Fique atento, temos muitas oportunidades neste sentido.
Evolução. - 11/11/2016
Um bom exercício para a diversidade pessoal evitando assim a esquizofrenia do pensar é ir participar de algum evento de outra área na qual não se atua. Você acaba percebendo nuances que infelizmente passam despercebidas. Alguém comenta que não gosta de participar de amiggo secreto porque sempre compra o melhor e nunca recebe nada interessante e de valor. Aí outro ao lado entra com o comentário que filosoficamente é justamente o contrário. A pessoa enm procura saber o porque e retruca: pode ser filosoficamente, mas eu prefiro ter mais.
Na outra situação a pessoa está relatando sua experiência de vida frente a uma doença, o câncer e diz que quando soube do diagnóstico a primeira dúvida que surgiu foi saber se iria ter que perder os cabelos durante o tratamento. Ora, ora, toda a importância da vida estava nos fios de cabelo naquele momento. Penso que é preciso seguir uma máxima que se aplica a tudo na vida. Estar sempre preparado porque o que importa é aquilo que se é.
Existem duas maneiras para evoluirmos. Uma é pela descontrução e aos poucos iniciando nova construção. Deixamos de lado os pensamentos mesmo que somente para um exercício e vamos buscando novas possibilidades e oportunidades. Algo do tipo e se fosse desta maneira o que aconteceria. E assim, qual a possibilidade. Ou então não fazemos nada, nem buscamos alguma diferenciação e em determinado tudo implode, entra em colapso e não mais se sustenta. Os que sobrarem terão que se adaptar. O pior de tudo é que o erro se repete. Queremos continuar com nossos pontos de vista presos ao ter do qual nada levamos.
Porque a Educação Ambiental (EA) não levanta voo? - 19/10/2016
Primeiro porque neste país, Brasil, a educação não tem valor. A formação formal ou não tem alguma valia e olha lá, depende tudo do momento. Quanto mais para o interior do país pior. Diz-se que terras por desbravar ou nichos de mercado é sempre melhor porque existe a vantagem da inovação. Tudo uma grande mentira e um grande engodo. Existem verbas para EA desde que existam mais de três fornecedores. Então fica impossível, porque inovação com três fazendo a mesma coisa deixou de ser inovação e virou pastelaria. No máximo o pastel da feira pode ter alguma diferença quanto ao recheio do pastel da padaria.
Só para reforçar a questão de que a educação não tem valor. A maioria acha que a educação é dada pela escola quando esta deveria ser responsabilidade da família. Ou seria por isto que o estado fica contente quando se pedem creches o dia todo para crianças cada vez menores? Assim, o estado educa e diz para onde tudo segue na mesma monotonia.
Pior ainda. Os professores e professoras nunca se questionaram sobre a formação que dão a seus alunos que depois vão ser seus dirigentes e chefes. Eu teria vergonha de nunca ter influenciado para ter um cidadão melhor e que principalmente fosse capaz de reconhecer o valor do profissional que atua no ensino.
Mas, voltando da divagação de quem está bravo porque perdeu um contrato de serviço em Educação Ambiental porque a universidade está fazendo de graça e quem vai fazer, um aluno, veio pedir ajuda, vamos em frente. Isto reforça minha opinião sobre a universidade. A universidade como conheço não tem nenhum comprometimento com os atores sociais que contribuem com ela. Digo isto e posso provar. A mesma universidade que faz de graça recebeu de mim diversas ajudas para melhorar a formação acadêmica. Questionamentos, palestras, práticas críticas e tantos outros.
Existem fundos de Educação Ambiental que agora estou procurando descobrir se tem como ficar fora do apadrinhamento político para fazer um trabalho competente e sério para melhorar este abacaxi no qual estamos metidos. O pior é que os efeitos de todo este desleixo simplesmente afetam a todos. Isto mesmo, afetam a TODOS. A maquiagem agora já não resiste aos temporais de todos os tipos e as perdas de produção na agricultura. Impossível ficar contando estórias da carochinha. Precisamos de fato mudar o modelo mental enquanto é tempo.
A Educação Ambiental, uma especificidade da Educação, precisa começar lá no berço e se possível sem a interferência do estado. O estado é capitalista e o capitalista acha que a natureza é menos que ele. Isto é, podemos desaparecer como o capitalismo, sem deixar de reconhecer em tudo o que ele contribuiu, mas que não é o suficiente para a nossa existência enquanto espécie humana. Para a EA alçar voo é preciso que o capitalismo tenha a humildade de reconhecer que depende da natureza para também existir e que sem os humanos ele também desaparecerá. É isto por hoje, escrito direto e sem remendos.
Inteligência. 8/10/2016
A inteligência pode ser desenvolvida ao longo da vida. As conexões neuronais podem estar estabelecidas e o que podemos fazer é mudar a força delas, aumentando nossa inteligência. Os desafios, que nos tiram da zona de conforto, da mesmice, cumprem esta função. Algo lúdico e divertido que fará um bem enorme.
https://sites.google.com/site/desmatematicos/.
http://education.jlab.org/index.html
Podem existir outros e quantos mais pudermos compartilhar melhor para todos.
Paz no trânsito. 7/10/2016
As campanhas são necessárias porque para uma convivência social de qualidade é preciso de tempos em tempos lembrar de que conviver em paz é muito melhor. Nas ruas, muitos carros participam da campanha tendo estampado adesivo em sua traseira. Assim, a campanha é feita com quem vem atrás. No entanto, pelo que presenciei hoje de manhã, um carro com adesivo e o motorista fazendo tudo totalmente errado, penso que deveria ser colocado um decalque no lado interno do carro também. Porque dá a impressão de que o motorista que tem o adesivo da campanha é o único certo e assim ele só será atingido pela campanha quando estiver colado na traseira de outro. Portanto, sugestão para as campanhas, colocar adesivo externo e interno.
Nas próximas chuvas saberemos se Francisco Beltrão é mesmo uma cidade resiliente. 30/9/2016
Uma notícia ótima para uma sexta-feira. 30/9/2016.
“Em virtude de não conseguirmos validar o processo xxx, devido recebermos somente um orçamento (o seu), o processo foi cancelado, e consequentemente a oficina não será realizada.” Reposta interessante que recebi e faz sempre pensar em como se perde tempo; como inovar é totalmente questionável. Penso que está em acordo com “uma andorinha não faz verão”. Ao menos tem sido esta a situação. Ter algo que ninguém mais tem pode de fato não valer nada do ponto de vista da resposta acima.
Todos os outros projetos, seguem para este mesmo buraco negro. De um lado as pessoas querem, se fizesse de graça, como já fiz muitos, ninguém questiona por ser o único. E assim, uma notícia ótima porque deveria não ter perdido tempo em participar. Acabei fazendo um documento bem elaborado que poderá servir de modelo para o futuro de quem precisar contratar oficinas.
Para mim infelizmente não acrescentou nada a não ser mais uma perda de tempo como em outras situações. Será que acreditar vale a pena? Preciso lembrar e perguntar isto para o gerente do supermercado logo mais quando for fazer compras.
Em época de eleições municipais. 16/9/2016
Ler e ouvir políticos de carteirinha dá vontade de entre outras coisas pedir para usarem espelho. O mote agora é que todos são contra a reeleição, mas muitos estão lá em seu mandato, que número mesmo? Alguns nem lembram mais de tudo, de tanto tempo por lá. Dá para entender quando a briga para se manter, quando em caso de cassação, de tão bom que é quer pelo salário em si, quer pelas mordomias e criadagem adicional. E quando chega a cassação pelos pares, não pense ninguém que estão fazendo um trabalho sério. O problema que fica disfarçado é que a corrupção, nos seus mais diversos modelos e meios, não alcançou a todos no pior sentido. Aqueles que não receberam e perderam espaço no acesso a verbas disto e daquilo, por serem muitos acabam se rebelando. Tudo continuará como antes.
Ocupação de área pública por moradores. 16/9/2016
Esta é uma notícia que aqui e ali sempre aparece e provoca. A coisa pública continua não sendo de ninguém e nada é feito. Sou contra ocupação de área pública tanto quanto contra a corrupção. Primeiro porque se é um lugar de todos, ter um grupinho usando só para si já não presta do mesmo jeito que outros maiores ocupam disfarçadamente também. Queria ver se a ocupação fosse de área particular. A justiça já teria conseguido contingente para a desocupação. Assim, é um círculo vicioso de uma gente sem educação e para os que detêm o poder isto é melhor. A economia cresce, enquanto as áreas naturais vão diminuindo e tornando a vida ruim. Como? Muito simples. Se 200 famílias estão construindo seus barracos, elas precisam de material de construção, daqui a pouco por pressões humanitárias será instalado acesso a rede de água potável, e por aí vai... Isto é, os ocupantes vieram de onde? Se eu estou arrebentado, tenho que me virar em três para dar conta? Ou será que este pessoal, bem, talvez melhor não continuar. No futuro poderei precisar de um lugar e sabendo ser o público o menos cuidado e de fácil acesso, será este também o meu destino.
Ninguém quer fazer... 16/9/2016.
Ninguém quer fazer o trabalho pesado porque economicamente se decidiu que o trabalho braçal e pesado não tem valor. Deveria ser para motivar a escolarização de pessoas que foram bem educadas em suas famílias. Longe disto, a maioria só frequenta a escola porque se não for o Conselho Tutelar vai atrás. Desta maneira fica difícil fazer qualquer projeto diferente, de ruptura com o modelo vigente. No Projeto de Compostagem, vir com um balde duas vezes por semana trazendo resíduos para fazer compostagem é desanimador e provoca um dilema. Porque a participação diminui? Ele começa a ficar mais claro porque conversando com quem participa e que vem assiduamente, percebe-se primeiro que a educação que receberam em seu meio social é diferente, é uma valorização do conjunto do todo. A outra é que são participantes estudiosos e aplicados. Para eles o participar de algo diferente desafia, eles procuram querer saber sobre o porquê e o como disto ou daquilo. E terceiro, tem uma visão que chamaria de social no bom sentido, entendem que somos relacionados com tudo e com todos.
Deixamos de viver com tranquilidade. 7/9/2016.
Agora à noite enquanto caminhava um homem bateu em casa. Lembrando que hoje é feriado. A esposa antedeu e ele ofereceu serviço de segurança para a casa. Colocar um selo na casa e dizendo inclusive que a polícia sabia. Assim que cheguei e sabendo do ocorrido liguei para a polícia, porque para mim isto no mínimo é suspeito. Em locais onde morei isto era ação de marginais loteando áreas. Algo do tipo, aqui tem selo não assaltem porque nos pagam, onde não pagam podem assaltar. O policial disse que por coincidência estava no dia em que pessoas foram lá comunicar que iriam prestar serviço de segurança na cidade e que a polícia não pode fazer nada porque não tem crime. O policial ainda recomendou que eu procurasse a prefeitura que é a única que pode impedir este tipo de serviço. Ora, como é que vai impedir se a pessoa que vem oferecer o serviço não tem cartão, empresa ou algo assim. E mais, o serviço já foi oferecido duas vezes, e coincidência, sempre quando eu não estava em casa. O que fazer?
Dizer o que? 31/8/2016.
Lendo a anterior penso que o último dia do mês como dia "D" seria interessante. Afinal, segundo a Lei de Parkinson, o trabalho se ajustando ao tempo teria um mês inteiro para uma postagem e provavelmente escreveria no dia anterior ou no último dia. Hoje foi só coincidência.
O motivo é a argumentação da Senadora Kátia Abreu que pediu para a presidente afastada definitivamente a não peerda por 8 anos a condição de exercer qualquer função pública, tendo em vista que ano que vem ela se aposenta e o valor de 5 mil Reais irá obrigá-la a ter que trabalhar.
Realmente a política vai mal e o poder exercido pelos partidos e coligações é das piores dos últimos tempos. Cada um olhando como salvar sua pele enquanto os trouxas vivem com muito menos que 5 mil e ainda pagam as contas de toda esta corja. Por isso, as tais "elites" seja lá de que lado for, porque nenhuma presta, só tem seu interesse enquanto querem que a maioria vá se f...
Claro que dá para ser feliz com muito menos, mas causa náusea ver este bando de safados e nada. Somos tão ruins que aqui nada acontece e amanhã todos vão continuar trabalhando para pagarem suas contas ou quem não as tem como pagar tratará de ficar quieto e vivendo de favor. Esta é a oportunidade que cantaram para a minha geração. Inovem, de esforcem que o país é de vocês. Sim é de vocês para pagarem e nada receber em troca.
Para pensar. 30/7/2016.
No dia em que o nosso sol desparecer todos os planetas também desparecem, tudo numa grande explosão. Como isto vai levar muitos e muitos anos espero que tenhamos a mesma experiência com a corrupção. Corruptor e corrompido não existem um sem o outro. As grandes empresas, os grandes negócios, sempre controlaram governos. Como a nossa representatividade é zero, com um legislativo pronto para ser vendido vamos continuar com o problema. E neste país de bananas gostamos de dizer quantas toneladas de ferro exportamos. Se disserem o valor em divisas que vão de fato entrar para o país vamos descobrir que vendemos a troco de nada.
Igualdade e diversidade. - 15/6/2016
Ridícula a sociedade igualitária que acaba com sua diversidade natural, onde nós também estamos incluídos. Quem é a favor da diversidade sabe que é preciso ser igualitário nas oportunidades, sem ser igualitário nos resultados. Sabe que é preciso ser igualitário na oportunidades e condições iniciais, sem ser igualitário no mérito. Sabe que é preciso ser igualitário sem que isto venha a destruir a existência de qualquer tipo de vida. Na natureza, o topo da cadeia alimentar, os carnívoros, sempre são em menor número. Nós somos os únicos que invertemos esta equação e por isto achamos que todas as outras formas de vida farão o mesmo. Como somos ridículos querendo a igualdade sem diversidade.
Decadência civilizatória. - 27/5/2016
Penso que esquecemos as aulas de história e não lemos mais nada sobre história depois que saímos dos bancos escolares. Hoje não temos mais entre nós descendentes de diversas civilizações muito embora elas possam ter deixado ótimos legados de seus tempos áureos. Devemos cuidar para não confundir com o ápice, porque o ápice não está naquilo que tinha de melhor e sim chegando ao máximo de tudo o que há de pior e que sabemos levará ao fim. São os bacanais que vão iniciando timidamente e terminam em estupro coletivo. São os pequenos desvios de conduta com a coisa pública que terminam na roubalheira institucionalizada como se tudo sempre devesse ser assim. Isto leva a um estado de ânimo do tipo sexta-feira, no meio de um feriado esticado, chuvoso com céu cinzento o tempo todo e ainda um frio esquisito. É só olhar em volta, toda esta movimentação drena aquilo de bom que poderíamos ter. Ia esquecendo, na educação acontece o mesmo, a degeneração já vem de longa data e finaliza com qualquer um dizendo o que vai ser melhor, mostrando sem vergonha nenhuma um referencial totalmente absurdo. Mas, como todos estão apáticos, ninguém se manifesta e está tudo bem assim. A crise civilizatória moderna tem algo a mais que também dificulta toda e qualquer manifestação. A manifestação contrária aos atos de um poder legitimado pelas eleições passa a ser considerado um ato criminoso. Isto é, se conseguir ser eleito está tudo bem e tudo certo. Lembro-me do caso de juízes corruptos de anos atrás. Quando foram checando como chegaram lá percebeu-se que o crime é muito melhor organizado porque a honestidade de poucos não consegue se organizar devido ao fato de que para ser honesto é preciso trabalhar duro na vida. Como acontecia? Pegavam ótimos estudantes e pagavam tudo, tinham uma vida para poder estudar e chegar ao topo, incentivados pela comunidade dos bandidos. Olha como ele é bom, está chegando lá em cima. E quando chegava lá tudo resolvido. Diziam: agora podemos começar a atuar sem delongas, nosso juiz amigo dará um jeito em tudo. Lembram as vendas de sentenças? Talvez possa ser um privilégio estar no momento histórico que normalmente só se conhece pelos livros. Mas, é doloroso, muito sofrimento e muitas outras coisas ainda vão acontecer. Estamos descendo ladeira abaixo, indo para o fim e ainda não se avista outra ascendente, um renascer das cinzas, uma nova civilização. Sem esperar faço aquilo que penso possa contribuir para uma nova, o problema até o momento é encontrar outros que de fato também queiram e não fiquem somente no discurso evasivo, esperando acontecer.
Próximas eleições municipais. - 24/5/2016
Neste país ainda existe vida inteligente, ao menos uma, e discordo que possa funcionar a proposta dos que dizem para votar bem nos vereadores. Isto porque os vereadores são cabos eleitorais de deputados e senadores. Como existem coligações e puxadores de votos, somos governados por uma minoria. É só fazer as contas, some os votos de todos os vereadores sentados nas cadeiras, votos recebidos diretamente por cada um deles, e verá que é muito menos que 50% do total de eleitores aptos a votar. Assim, quem está no poder não vai mudar isto. Porque vão mudar se é bom para eles? E como eles não tem representação, também não tem compromisso com seus eleitores e sim com seus financiadores, quem os colocou lá.
Discordar faz parte. - 16/5/2016
Leandro Karnal esteve fazendo palestra aqui em Francisco Beltrão. Como já ouvi muito ele e admiro sua lucidez sensata frente a história resolvi assistir um musical que nunca tinha assistido "Por um lindésimo de segundo" com textos baseados no escritor e poeta Paulo Leminski.
Depois da palestra do Karnal ficaram postando uma frase dele como oh! "Não existe país com governo corrupto onde a população é honesta".
Admiro muito o , ma não concordo com a frase acima, porque quem está no poder nunca vai mudar as leis para ter equilíbrio representativo, algo que tire suas benesses. Basta saber que a lei que nos rege faz com que 47 deputados federais assumam pelos votos que receberam e todos os outros entraram por coligação e puxador de votos. Se o legislativo que deveria ser o primeiro a fiscalizar o executivo, o que esperar com esta representação de minoria? Quem vai começar uma coleta de assinaturas de iniciativa popular para mudar isto? Digo sempre que é muito fácil fazer discurso social do alto de uma cobertura, quando acontece o que na música já se canta "aqui embaixo as leis são diferentes".
Quem vai continuar pagando a conta? - 13/5/2016
É só ler a primeira MP do presidente em exercício http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Mpv/mpv727.htm. Já não vinham fazendo nada para melhorar em termos de sustentabilidade e agora segue o mesmo de sempre: gerar empregos, lucros e impostos. E o Ministro do Meio Ambiente provavelmente nem vai se manifestar. Empresas que geram grande impactos ambientais em breve vão ser atendidas, está pronto para ser votado no senado que não será mais preciso licenciamento, basta estudo dizendo que vai impactar e está tudo bem. Neste sentido tudo bem mesmo, porque não está acontecendo responsabilização criminal quando morrem pessoas por desastres ambientais. A vida está valendo pouco e cada vez menos.
Onde está a caverna? 11/5/2016.
Escrevendo um pouco menos aqui, tenho mantido o Religar Semanal e assim um artigo por semana no mínimo. Por um lado estou buscando entender porque queremos estar destruindo tudo e não percebemos que isto só piora nossa vida, a existência podse ficar mais curta a cada dia além do que é normal.
Existe a questão do acúmulo por medo de morrer e existe a questão de querermos sempre estar protegidos contra qualquer mal. A caverna de nossos ancestrais. Que lá encontraram proteção. Pelo visto isto tem se alastrado, porque ao invés de sair da caverna queremos continuar nela. É como se nosso contato com o mundo fosse uma dor constante, uma dor crônica da existência. Hoje de modo moderno, levamos nossos celualres e ficmos conectados nele o tempo todo, vendo as sombras da realidade como na alegoria da caverna de Platão. Preferimos as sombras. Outro dia estava chegando para uma reunião com uma pessoa e ela na mesa com seu celular não percebeu que sentei e fiquei observando. Peguei meu celulaar do bolso e fazendo de conta que fosse uma marionete ao lado do celular dela disse: olá eu sopu o Cláudio, podemos conversar? O riso foi geral, mas infelizmente é assim. Cada um quer ficar em sua caverna e não mais sair. Sair é doloroso, exige um esforço, mas sempre vale a pena porque lá fora é mais colorido, aconchegante e belo. Depois que a gente se acostuma fora é difícil voltar, a não ser para experimentar as sensações de calma e fazer alternância entre um e outro. Vai que um dia a situação pode ser críitica e a caverna natural possa agrigar de uma chuva forte. Mas, isto não quer dizer que devemos nos fechar em nossas cavernas, que de rochas, passaram a ser aparelhos que carregamos conosco.
Quando a intuição se confirma. 13/4/2016
Sempre fiquei afirmando que os donos de terra que precisam fazer loteamentos a todo custo eram pobres. Uma linguagem figurada para disfarçar que pensava ser ganância mesmo. Isto porque alguns que conheço têm mais terras e de fato não precisam de mais capital.
Dias atrás um caso foi mais interessante, contaram que num local, muitos anos atrás estavam aplainando para construir uma casa, quando encontraram um buraco longo na rocha. Possivelmente uma caverna. Perguntei sobre o que fizeram depois. A resposta foi que encheram de terra, aplainaram e construíram em cima. Logo perguntaram para sobre o que eu faria. Se tivesse um achado destes, no mínimo iria modificar o projeto de construção para sempre ter algo a mais para mostrar e com certeza isto não iria prejudicar a moradia.
Assim, numa apresentação de uma empresa sobre a situação de empreendimento imobiliário, um loteamento qual não foi minha surpresa quando o executor da obra disse que todos deveriam ter cuidado ao emitir opiniões. Apesar de todos os transtornos, todos os impactos ambientais, cada um devia pesar que poderia ser seu pai em dificuldade financeira e este tendo que fazer um uso da terra para honrar seus compromissos.
Pode ser somente um argumento sentimental, visto que a empresa também afirmou que o maior impacto é visual, por causa da alteração da paisagem. Deixando de levar em conta toda a terra que já escorreu na direção do rio assoreando o mesmo. Para ter uma ideia, em área de ruas é 12.000 metros quadrados, isto quer dizer que a cada 1mm de chuva 12.000 litros de água estarão escorrendo daquela área para o rio. E não estou fazendo levantamento depois de construído. Avisei o engenheiro da empresa, que se tudo não for feito certo, eles terão problemas futuros pela questão de inclinação, mesmo hoje atendendo a legislação.
Todo e qualquer argumento deste tipo não serve para nada. Por quê? Porque as pessoas decidem usufruir e deixam o prejuízo para a coletividade. Rio assoreado terá depois obras para dragar pagas por nós contribuintes. É ou não uma socialização dos prejuízos, aquela divida que o proprietário tem para honrar também está sendo paga indiretamente por nós.
Campanhas que poderiam voltar. 12/4/2016
Na década de 70 o personagem de animação, “Sujismundo”, criado por Ruy Perotti para a campanha educativa “Povo desenvolvido é povo limpo”, incentivava ações como “Lugar de lixo é no lixo”. Os vídeos ainda podem ser encontrados na internet. O personagem não se preocupava com a limpeza era conhecido dos garis porque ele deixava tudo sujo. É uma campanha que poderia ser recontextualizada para nossa época, continuamos cada vez mais “Sujismundo”.
Direitos Humanos. 7/4/2016.
Para ganhar uma eleição tem que ter mais votos que o adversário, normalmente qualquer discussão que precisa de votação a decisão é pela maioria e assim acontece onde existe a liberdade de escolha, de poder tomar decisões sempre com olhos para o conjunto maior da sociedade. Aí tem um pai com seu filho menor voltando para casa. No sentido contrário vem assaltantes em fuga, batem e matam o rapaz e o pai está gravemente ferido no hospital. A polícia continua a perseguição e depois encontra os dois bandidos e leva correndo com ambulância para o hospital. O resultado deste, como de tantos outros será o mesmo. A família terá uma tristeza que dificilmente será curada, o menino estudava no colégio onde nosso filho também já estudou, onde já fiz projetos com os alunos. O direito da família por ser humana, correta, preocupada com a educação recebe como presente um fim trágico. Os bandidos, bem, estes daqui a pouco estarão por aí novamente. Se forem condenados, terão o grupo de Direitos Humanos cuidando deles para que cumpram a pena com dignidade. Grupo de Direitos Humanos que simplesmente desconsidera a família atingida pelo fim trágico de um ente querido. Fica a pergunta, porque os honestos, os que lutam por uma vida melhor, nunca são levados em conta. São explorados e ainda parecendo como se não fossem humanos? Quem vai acompanhar a família atingida? Porque as penas são tão brandas dando todas as condições para que a violência aumente? Fico com estas questões sem resposta, porque temos um filho jovem, que dá um duro no seu curso, estuda com afinco e trabalha de graça justamente ajudando as pessoas. Se na eleição é a maioria que vence porque contra os bandidos são protegidos justamente eles que são minoria?
Processo coletivo. 6/4/2016
Fazendo um curso tenho o seguinte: "em um processo coletivo de decisão são necessárias habilidades e atitudes específicas, a exemplo de saber e querer ouvir, saber e querer apresentar suas prropostas, ter disposição para abrir mão de parte das ideias e aceitar a ideia dos outros, dentre outros aspectos". Uma pena que na política partidária onde somente o poder interessa tudo isto é negociável por interesse próprio e nenhuma decisão coletiva.
Educação Ambiental como disciplina. 4/4/2016
"Educação ambiental pode passar a ser uma disciplina obrigatória para alunos de todas as séries dos níveis fundamental e médio, caso a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB — Lei 9.394/1996) seja modificada. É o previsto no PLS 221/2015, de autoria do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)." (ciclovivo.com.br).
Este erro pode ser repetido assim como já aconteceu com a Constituição Federal que tratou muito bem a questão do Meio Ambiente e logo na sequência não aconteceu nada porque um partido abraçou a causa e disse ser sua responsabilidade. Pronto todos os outros acharam que não eram responsáveis e etá aí o resultado. Continuamos querendo crescer a todo custo porque é preciso gerar empregos, impostos e lucros.
Com a Educação Ambiental acontecerá o mesmo se for transformada em disciplina. Uma disciplina vai ser a responsável por fazer acontecer e as outras não terão esta preocupação. Fica parecendo como se os problemas ambientais, as mudanças climáticas, afetassem alguns poucos. Mas, não é isto que acontece então é preciso agir em conjunto, um diálogo entre todas as disciplinas com interesse e participação de toda a sociedade.
Traduzindo meu descontentamento. 25/3/2016.
Será que por defender a ética, o bom uso da coisa pública porque é de todos, o fim da corrupção em todas as relações sociais, empresariais e pessoais vou ser considerado fascista?
Ultimamente estou meio sem imaginação e só consigo traduzir com um exemplo bem pessoal. Pela minha defesa da compostagem como melhor solução para o resíduo orgânico, justamente apoiado no exemplo maior da natureza, eu não posso comer uma banana e jogar a casca na lixeira que levará o lixo para o aterro sanitário. Não posso obrigar ninguém a fazer compostagem, mas ninguém pode me obrigar a não fazer compostagem da casca de banana.
Quando não se tem diálogo. 25/3/2016
Não sou partidário e fico preocupado quando vejo buscarem o confronto para resolver uma questão pela dia do diálogo. Mas, tem um detalhe para o qual estou atento. O discurso com argumentos é usado numa direção e se aplicado a outra é criminalizado. Vamos entender assi, tivemos três governos federais sob a égide de um mesmo grupo partidário. Quem era situação durante este período nunca soube ser oposição. Ou talvez não fosse interessante ser oposição porque lá atrás todos nasceram no mesmo ninho. Nestes 12 anos de exercício de poder, muitas coisas boas foram feitas e ao mesmo tempo outras tantas reprováveis. Lembro sempre de "Ovelha negra" de ítalo Calvino. Entrou um diferente e tudo mudou e aqui nestas terras o que entrou para ser diferente foi o primeiro a ficar igual a todos. Agora quando se deflagra uma grande operação de combate a corrupção os envolvidos sugerem que se cobre do juiz os prejuízos econômicos da operação. Ora, se o sistema não pode conviver sem a corrupção porque empresas serão fechadas e pessoas demitidas é sinal de que o sistema não presta. Como dar valor para a honestidade hoje em dia se o discurso é de que a corrupção faz parte? Queria ver se o governo teria condições de dizer que não vamos mais produzir comida barata, sendo escravos dos países que compram de nós? Claro que não fariam isto, porque aí sim teríamos uma revolução?
A vida e suas surpresas. 25/3/2016.
Penso que na medida que envelhecemos a tendência geral é perder a curiosidade pelo novo, por fazer novas experiências e incursões. Aquela criança alegre e faceira dos proquês foi sendo aniquilada com o tempo. Aí nos vemos como órfãos da falta da criança porque tudo podia ser diferente. No mínimo diferente o que já seria um ganho. Não exige nada mais chato que um almoço de obviades e um jantar de amenidades. A conversa gira em torno da fofoca dos ausentes e sobre a concretude deste ou daquele prato com a única preocupação do alimento para o corpo físico. Assim, passamos a ter corpos que vegetam sem nada nov, uma opção para confrontar com a mesmice. Ninguém quer romper com nada e todos preferem continuar reclamando no conforto de seu sofá assistindo televisão e colados ao celular. Onde o ponto máximo é mandar mensagem para quem está sentado ao lado. A vida e suas surpresas, onde estariam? Procuro surpresas porque elas indicam que a vida existe de fato e que estou vivo. Todo o restante não terá valor se não puder ir além desta existência física. Isto não quer dizer que precise acreditar ou não em um ente superior. O simples exercício de pensar já basta para acalentar esta existencia dura com todas as suas dificuldades.
A colônia se resolve no colonizador. - 25/3/2016
A manchete do jornal "Instituto Gilmar Mendes vai reunir líderes do impeachmente", a reunião de que trata a matéria vai acontecer num seminário promovido pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), em Portugal. O seminário é uma parceria com a Universidade de Lisboa. Poderia ser uma notícia normal, mas atenção. Estamos repetindo o mesmo do passado, qquando algo na colônia não funcionava era preciso ir a Portugal para resolver. Coincidência?
Veneno na colônia - 25/3/2016
No Senado Federal um projeto que trocar a palavra "agrotóxico" por "produto fitossanitário" com a justificativa de que os outros usam e é uma maneira de tirar a imagem negativa que os agrotóxicos carregam. Campanhas contra o uso de agrotóxicos existem justamente pelo excesso de uso e pela contaminação que vão deixando nos alimentos. Isto é, temos veneno na mesa todos os dias. O argumento de copiar porque todo mundo usa é prova de que continuamos sendo colônia, não temos nossa opiniuão própria, nossa construção intelectual. E o pior é que os que poderiam ter ficam contentes em agradar aos outros porque isto infla o ego e ficam bem vistos. De nada adianta dar outro nome para o veneno, ele vai continuar sendo veneno e pronto. Seria interessante se fizessem um levantamento entre a diferença de embalagens de agrotóxicos recolhidos e vendidos no mercado legal.
Forma e conteúdo - 19/3/2016
Com mais divulgações sobre escândalos aparecendo, é difícil acreditar que sobre muito nestas terras que desde seu início são simplesmente exauridas. As formas são diversas e escondem conteúdos que causam constrangimento para quem tem um pouco mais de esclarecimento. Assim, enquanto se fica brigando sobre a forma tudo vai ficando pior. E talvez todos só acordem no dia em que não tiver mais nenhum conteúdo, porque aí não terá forma que se sustente.
Quem não pode - 18/3/2016
O problema todo que percebo é a falta de ética e moral de quem sempre combateu a falta de ética e a falta de moral. É isto que está fazendo com que as pessoas protestem e digam que não dá mais. Muitos acreditaram que podia ser diferente, que finalmente uma pessoa vinda de um lugar perdido no mapa, com sua ética, seriedade, e coloquem-se todos os adjetivos que tiver. Seis meses depois, logo deu para perceber que nada ia mudar. Que os ricos continuariam ricos e classe média iria diminuir para dizer que os mais pobres subiram. Não foi acertada a diferença sempre maior entre muitos que tem pouco e poucos que tem muito. Todos os empresários corruptos continuaram atuando e o canto da sereia chamou todos para o fundo e assim terminarão. Uma biografia que podia ser digna de um estadista, morre na praia de um esconderijo que nem tesouro mais tem. Só espero que não liberem gastar nossas economias, porque aí não teremos treunfo nenhum frente aos problemas da economia mundial. Enquanto isto, vendemos barato nossas riquezas porque outros decidiram que deve ser assim. E como fiéis súditos, mandados por capatazes, coronéis e outros tantos continuaremos sendo um lugar de ninguém, uma terra onde a bandeira de um partido e carregada com orgulho e o pavilhão nacional, nossa Bandeira Brasileira é estendida no chão. É duro ter que reconhecer ter sido enganado um dia, mas o pior seria continuar acreditando que ser enganado faz parte.
O povo quer... - 18/3/2016
Discurso ridículo repetido pelos políticos profissionais porque não tem nenhum interesse pelo bem de toda a nação, estado ou município, sempre usando a expressão "o povo quer...". Penso que gostaria de dizer: nossos súditos querem isto ou aquilo. Porque quem usa o discurso "o povo quer..." com certeza deve ser alienígena, superior ou capataz. Um discurso que por si sói revela quem o faz. Alguém que não se sente pertencente a esta terra e que somente está aqui para tirar algo em seu proveito próprio. Ele nunca se inclui em nada e sempre discursa em nome de outro, nunca assumindo nada ou mesmo se dizendo fazer parte do povo. Atento a isto, um discurso com estas expressões não tem valor nenhum. Mas, continuam ocupando tempo de vida de todos, roubando a todos e está tudo bem.
Discutir sobre a forma e esquecer o conteúdo. - 18/3/2016
Fico atento com uma estratégia utilizada por todos os que investigados tem suas conversas reveladas na mídia ou mesmo no site da justiça disponível para acesso. A linguagem é de um nível que vai beirando a ignorância repetida e propalada pela maioria. Ninguém pode dizer que não disse, então procuram gastar o tempo de mídia criando um discussão sobre a forma. Dizem que as divulgações são seletivas. Fico pensando que se são seletivas, dependendo da situação pela mostra, pode até ser que existam coisas piores. E as pessoas vão discutir a forma, porque isto e aquilo e esquecem do conteúdo que revela como quem usurpa o poder normalmente tem menos educação e cultura do que se espera. E esta falta leva a simplesmente querer dominar pela retórica sem valor, que mostra cada vez mais que o sujeito não tem nada além da força do grito. Ora, vá gritar com quem aceita e não comigo.
Bartedor de carteira. - 17/3/2016
O batedor de carteira das ruas não tem banco onde aplicar seu dinheiro porque na maioria das vezes é gasto com a mesma velocidade da chegada. No momento atual com o assalto de tudo o que é público está oficializado que qualquer um pode ser batedor de carteira ou do que quiser. Só um cuidado deve ser tomado, ser amigo de quem pode colocá-lo longe do alcance das leis e da justiça. Hoje os que reclamam que no passado não foram julgados os batedores de carteira, também não tem como comprovar que foram as ruas em maior número para pegar os batedores de carteira. Ficaram raivosos, isto sim, esperando o momento certo para se não eles mesmos serem terem um batedor de carteira melhor. Terá um momento em que o batedor de carteira irá parar, é quando não tiver mais o que roubar. Aí será dada alguma bolsa, tipo bolsa assalto para dar continuidade as gerações de batedores de carteira. O maior deles agora vai pegar as reservas suadas conquistadas no passado para nos levar a independência de fato e colocará no bolso, porque a única coisa que sabe neste momento é que precisa manter os batedores de carteira que ainda não tiveram sua oportunidade e assim poderiam se juntar para pegar o maior.
Política e partidos. 16/3/2016
Na situação atual ignorante é aquele que acredita que com seu voto poderá mudar o rumo da história no Brasil. Primeiro porque existem as coligações e aposto que metade mais um do total de eleitores não sabem como isto funciona. Segundo porque o exercício de alguma função eleita em qualquer nível passou a ser profissão e como todos os empregados busca-se sempre garantir o emprego. Terceiro ninguém está lá representando os interesses da sociedade e sim de grupos, como empreiteiras, agronegócio, mineração e até religiosos, entre tantos outros. Quarto nós temos uma Constituição parlamentarista para um regime presidencialista. Quinto, o número de votos recebidos diretamente pelos que exercem a função de vereador, deputado estadual e deputado federal, somados na respectiva câmara ou assembleia, fica em torno de 30% do total de votos válidos. Somos legislados por uma minoria pronta para a negociação. Então é preciso ser político porque faz parte da sociedade atual, mas daí concordar com o “modus operandi” é insano ou no mínimo prova de ignorância política.
15/3/2016 – Esperteza sobre os parques.
Os parques na área urbana tem entre outras funções ser um local de refúgio e descanso do peso da urbanidade. Um local normalmente com lagos, árvores, parquinho para crianças, pistas para caminhada. Alguns são muito espremidos e em áreas muito pequenas que para servirem de descanso deveriam e temos aqueles que são fortemente arborizados no perímetro, para que o nosso olhar tenha o descanso do verde e nossos ouvidos do barulho. Mas, nem todos são assim e existe uma esperteza interessante. Faz-se o parque e algumas áreas limítrofes que também são do município não são incluídas no parque. Temos isto aqui em Francisco Beltrão na Cidade Norte. Então numa quina saiu uma cancha de bolão e outro foi doado para uma associação. Este da associação tem um campo de futebol exclusivo e com alambrado alto na sua divisa com o parque. Até aí foi assim que foi feito, o campo poderia ser para a comunidade, usuários do parque, mas optou-se por repassar para uma entidade, possivelmente sem fins lucrativos. Aí entra a grande sacada, a pessoa está caminhando e a pista em bom trecho obriga olhar na direção do alambrado, se ele não tivesse nada além estaria ótimo porque existem árvores do outro lado que impedem a visão de casas e prédios. A sacada é colocar ali propaganda de empresas. A associação deve receber de alguma maneira para ter ali dependurada a propaganda. E a propaganda é somente virada para o parque, para o lado do campo, dos jogadores nada. As empresas das propagandas são todas de indústria, comércio e serviços. Isto é, você quer caminhar relaxadamente e aí tem um esperto empurrando alguma coisa para vender, quando não é isto o que você está querendo. Mas, perguntando para as pessoas, quase ninguém percebe as propagandas, alguns até acham feio, mas passa despercebido colocando a marca na mente das pessoas. O que fazer? Reclamar, vão dizer que está tudo conforme a lei. Só queria saber se quando foi dado para ser usado se a exploração comercial do local foi permitida?
Educação para a coisa pública. - 14/3/2016
O que é público tem sido problemático porque todos pensam que o que é de ninguém pode ser rapinado e pronto. Os abusos vão de pequenos a grandes. A praça é pública e culpa-se a administração pública se ela não estiver limpa sem lixo. Ora, limpa e sem lixo ela deveria estar sempre e nem precisar de limpeza. Nós seríamos educados para cuidar do que é público. Mas, não é isto que acontece e aí nossas praças continuam as mesmas, sem melhorias porque os gastos são justamente com a limpeza da nossa sujeira.
Protesto na rua. - 13/3/2016
O meu protesto foi contra a corrupção que está instaurada em todos os níveis da administração pública com raras exceções. E ir já foi um exercício de calma e paciência, porque ao longo do percurso o que vi foi a repetição do que temos nos jornais. Tudo feito por nós mesmos. É o vendedor de sofás de vime que impede a travessia de pedestres no cruzamento do colégio. É o menino que sobe no poste de iluminação da praça para tentar tirar a lâmpada. É o cidadão passando de carro com a bandeira brasileira e jogando uma lata de refrigerante pela janela. Alguns para não citar todos e ser chato. Precisamos protestar contra nossas atitudes, o momento é propício para fazer os dois. Participar ativamente da vida política é preciso e buscar evoluir individualmente também. Fazer uma lista do que precisa ser mudado e a cada dia verificar como está a evolução.
12/3/2016 - Sobre dar de graça.
Sempre achei e vai levar tempo para mudar que a gratuidade faz parte do bem viver. Lembrei-me da música “Carpinteiro do Universo” do Raul Seixas onde “Que o auge do meu egoísmo é querer ajudar” poderia ser um início. Mas, também não seria ajuda, porque ajuda quer dizer que alguém tomou algo que não lhe pertencia, um acúmulo desnecessário. Ficaria mais ou menos como aquelas empresas que em festas natalinas saem distribuindo bola, bonecas e doces para as pessoas pobres que residem ao redor da empresa. Durante todo o ano os pais daquelas famílias trabalham na empresa, geram lucros e impostos e no final do ano são agraciados com a ajuda para comemorar. Isto é literalmente uma sacanagem e ela se perpetua até hoje.
Voltando a gratuidade, sempre acreditei que deveria ter altruísmo no início de qualquer empreendimento. Outro dia perguntaram por que fiquei tantos anos fazendo gratuitamente um projeto. Resposta: para ter o histórico e demonstrar que vale a pena. Infelizmente nós não estamos num país onde se acreditam numa ideia e se investe nela quando ela não tem o objetivo de gerar grandes lucros para investidores e sim tornar possível vivermos melhor, termos mais educação.
Volto sempre para minha amiga natureza e percebo que não existe o de graça. Ao menos até onde sei até hoje. Existem sempre os ciclos, maiores ou menores, tudo circula e o que chega sem retorno porque num ciclo maior é o calor e a luz do sol. Posso arriscar dizer que o sol por ser uma reação explosiva seguirá acontecendo enquanto tiver hidrogênio. O resíduo de um é alimento de outro. Quem quer crescer precisa esperar sua vez, se a população aumenta muito começa o declínio para equilibrar.
Então o dar de graça passa a ser um grande questionamento pessoal. Eu sei quando estou recebendo algo de graça para apreciar, valorar, reconhecer? Será que só fico pensando na questão quando algo que faço de graça não foi reconhecido porque sou muito egoísta ainda?
Escola. - 11/3/2016
A Escola sempre foi um lugar de que gostava e gosto. No meu tempo, lá pelos idos de 1967, tive dificuldade no início por não saber o português mesmo tendo nascido no Brasil. Depois desta etapa tudo seguiu bem. Sempre tive professores que desafiavam os alunos. O de matemática no ginásio a cada aula trazia um desafio, algo especial para quem quisesse.
O professor de ciências era tido como maluco por todos, mas todos gostavam de estar com ele. Tivemos com ele um laboratório de ciências, experimentos diversos, explosões e outros. Até fazer um motor elétrico era um desafio e tanto porque não tínhamos os materiais como hoje em dia. Era preciso criar, inventar, o pior era quando o eletroímã se transformava em imã.
A professora de português com suas poesias e contos. História e geografia eram dadas pela mesma professora o que tornava melhor o estudo, uma interação, por exemplo, entre o estudo da sociedade romana e a geografia da Europa.
Minha escola básica foi ótima e na sequência o científico também. Tínhamos a Academia Monte Alverne para oratória e saraus, discursos inflamados de novatos. O Clube de Ciências Louis Pasteur; laboratórios de física, química e biologia; museu e astronomia completavam a iniciação científica. Uma estrutura que gostaria de voltar a ver em todas as escolas.
Participei do congresso “Jovens Cientistas” da SBPC e hoje percebo que tudo isto contribui para que minha vida e exemplo fossem um pouquinho melhor.
Alguém poderia dizer que lembro pouco o nome dos professores, minha memória é péssima para nomes e mais ainda desta época, até os meus 17 anos. Ainda tenho contato com o professor de biologia, Arno Wortmeyer e trocamos mensagem de vez em quando.
E, posso não lembrar os nomes, mas a imagem de cada um volta na memória de tempos em tempos, como se estivesse retornando lá na sala de aula, no pátio, no laboratório, etc.
Alguns perguntam se não fico triste por não ser professor. Digo que não e respeito muito os Professores. Carinhosamente os alunos dos projetos me chamam de professor e alguns de professor da compostagem. Digo carinhosamente porque de fato estou procurando ser exemplo como os meus Professores foram e espero que eles também possam ser melhores um dia e para isto não precisam lembrar o nome, o que segue em frente é o exemplo, a boa atitude.
Faço votos de que um dia os alunos se lembrem da escola como eu hoje. Um lugar que fez a diferença e que tinha um professor da compostagem, que dizia e repetia: podemos ser mais inteligentes e transformar resíduo orgânico em adubo ao invés de jogar na lixeira.
Corrupção. - 10/3/2016
Tem alguém mencionando a condenação dos empresários corruptos que desta vez não escaparam da justiça? Pensei sempre que isto só aconteceria fora do Brasil, porque aqui quem tem poder sempre vai empurrando e nada acontece. Um comentário que li é de que ficaram contentes que já saiu a condenação porque na instância superior eles conseguem redução da pena, saem em menos tempo. Podem conseguir, mas ainda assim foram condenados por corrupção, isto é, existe quem foi corrompido e espera-se que também sejam punidos. E que possamos lembrar de que é possível mudar para melhor, que ser honesto vale a pena.
Hora da ave maria. - 9/3/2016
Antigamente lembro que minha avó ligava o rádio religiosamente no horário de 18:00 horas para rezar uma ave maria, católica fervorosa que era. Hoje, caminho quase todos os dias por este horário e percebo uma pontualidade semelhante, com um pequeno problema. Ela é prejudicial para todo ser vivo. É o ferro velho e uma indústria para o lado do Rio Marrecas na Avenida General Ozório depois da Gralha Azul, indo para a Cidade Norte. Colocam fogo em plásticos, revestimentos de carros e outros. O pior é os vizinhos para não se indisporem fecham a janela e deixam acontecer. Infelizmente é isto que acontece quando não tem cultura e educação.
Pensar e escrever no dia Internacional da Mulher. - 8/3/2016
Com todas as tarefas assumidas nestes últimos tempos ficar escrevendo tomou muito do tempo de pensar. Quem um dia aprendeu a pensar sempre a casa retorna e não podia ser melhor do que hoje. Dia Internacional da Mulher, uma data entre tantas comemorações e sobre a qual vou tecer meu pensar. Logo cedo lendo o jornal impresso encontro uma bela mulher em preto e branco, uma marca de roupa feminina fazendo homenagem no dia da mulher. Mais adiante, uma piadinha com o homem olhando uma mulher de biquíni e dizendo este é o meu número. Isto se repete aqui e ali todos os dias. Somos cínicos ou estamos em estágios culturais totalmente diferentes? As duas coisas são possíveis. Tem aqueles que olhando uma mulher, no seu instinto mais primitivo veem a satisfação egoísta sem pensar que as relações são construídas e que vamos além da satisfação sexual. Muito além. São estágios culturais diferentes. Apreciar o belo com estética e ética pode ser mais difícil que parece. E o cinismo? Faz-se propaganda no dia da mulher porque fica bonito, todos vão apreciar, ou melhor, serei criticado se não desejar um feliz dia da mulher para as mulheres. Cinismo barato, porque depois cada um não está nem aí. Dizer também que o dia da mulher deveria ser todos os dias do ano segue na mesma linha de pensamento, uma desculpa aqui e ali porque o problema mais profundo é de que não temos mais o sentimento de espécie humana. Se quisermos evoluir, viver bem, com uma sociedade sustentável é preciso que esta nova construção de relações verdadeiramente humanas aconteça. Em isto acontecendo talvez tenha sentido uma data comemorativa por felicidade de termos as mulheres e não para fingir que somente no dia da mulher nos importamos com elas.