2017
Efemérides
Oficialmente teremos uma mudança. 31/12/2017
Todo final de ano civil tudo se repete. Festejos, comemorações, promessas e acreditando que o seguinte será melhor. Melhor, depende de cada um e da cooperação de todos.
Pode ser feriado e mesmo assim toda a natureza segue, salvo nós como exceção, seu dia a dia normal. Bem, nem tão normal porque ficamos agredindo a mesma com nossos fogos supostamente comemorativos.
Tirar um tempo para descanso e reflexão é necessário. Será que precisaria ser imposto oficialmente? Ou seria melhor seguirmos os ciclos das estações? Ou então o solstício e o equinócio?
Para pensar...
Devaneio. 14/12/2017
Ser do grupo sem perder a individualidade prova que podemos evoluir na coexistência de opostos antagônicos. Existem situações em que um grupo pode se sobrepor a outro e isto nem sempre é bom. Em nosso caso como humanos isto é bem pior, visto que nós fazemos guerras com o semelhante, escravizamos indíviduos de nossa espécie como algo normal.
Vamos além das nossas necessidades porque queremos acumular sempremais para apaziguar o medo que temos da morte. Sim, pelo que sabemos até hoje, somente a nossa espécie sabe que vai morrer amanhã. O leão que um dia foi chefe do grupo, segue na velhice seu grupo e come das sobras que lhe deixam. Um dia em meio a neblina densa o grupo partirá e ele sem forças dará seu último suspiro. Ele não fundou uma dinastia, simplesmente desempenhou seu papel em cada tempo e a espécie seguiu em frente.
Temos nossas particularidades, aquilo que é singular e devemos unir tudo isto em favor da perpetuação da espécie humana e de todas as outras. É preciso para não desaparecermos.
Segredo de justiça e entidade de classe. 13/12/2017.
Segredo de justiça não deveria existir. Porque quem é sério, honesto, ético e faz tudo pelo melhor de todos não teria problema nenhum e se mesmo agindo assim tivesse cometido um erro, saberia que a justiça, em sendo aplicada igualmente para todos, é que fará a sociedade ser melhor. Bem, seria somente um sonho? Um devaneio numa tarde quente?
* * *
Quando você reside onde quase tudo todos sabem, aí você descobre a força da manipulação da comunicação tanto governamental como privada, tanto das pessoas de referência como dos que fazem parte dos que sabe. Este é um problema que se alastra danosamente e corrompe a todos.
Aí a entidade de classe coloca uma nota no jornal dizendo que não é por causa de alguns que todos são corruptos, agem de ma fé ou que pensam somente em proveito próprio. Aplausos, defesa dos que são bons. Mas, espere um pouco: porque não agem exemplarmente com os corruptos que fazem parte da entidade? Quer saber como? Algo muito simples, não pode fazer parte da entidade enquanto estiver sendo alvo de investigações, julgamentos ou condenações.
Mas, vai que investigaram alguém que não tinha culpa nenhuma. Novamente, a entidade de classe com todo seu peso abre um processo pelas perdas da entidade e de seu membro, e podem ser polpudos por causa do erro.
Como o que acontece não é isto paira uma grande dúvida sobe e assim o melhor é torcer para nunca precisar fazer uso de algo que pode estar corrompido em toda a sua estrutura. É preciso urgentemente refundar nossa sociedade em bases sólidas, porque toda esta lama atual não serve nem para navegar de um lugar a outro.
Educação Ambiental. 12/12/2017
Agora com mais calma dá para ler trabalhos publicados durante o ano relacionados a Educação Ambiental (EA). E confesso que na maioria dos casos, talvez pela minha ignorância só veja sendo feito mais do mesmo com um discurso que nada apresenta de melhor, salvo raras exceções.
Em vez de uma semana fazem uma quinzena de EA com relação aos resíduos, lixo, em uma escola municipal com alunos de 3º ao 5º ano. Não muda muita coisa, principalmente neste caso em que a problemática é conhecida. Existe todo um problema do lixo nas escolas. Onde desenvolvo projetos, preciso pensar em fazer algo mais porque é vergonhoso ver como a maioria, que não passou pelo projeto que desenvolvo, continua não separando o lixo e ainda por cima fica fazendo ao contrário. Uma rebeldia daquelas bem sem noção.
Numa análise de água de agroindústria para tratar da qualidade do produto, constata-se que a maioria dos pesquisados tem problema. Ótimo, deveriam notificar a vigilância sanitária e quem faz o controle de qualidade da produção familiar. Penso que não tenha sido feito, ao contrário, justificando como EA foram distribuídos folhetos sobre higienização e controle da água e de como fazer uma proteção de fonte.
Isto é, na parte teórica destes trabalhos tem todo um discurso sobre Educação Ambiental Crítica, com a participação do sujeito questionando os meios de produção capitalista principalmente. Afirmando que é preciso emancipá-lo e que juntos com a coletividade terão condições melhores do que antes. Bem, vou abrir uma sugestão inicial do que faria nestes dois casos.
1) Na escola, realizar um trabalho contínuo de manter o pátio limpo pelos próprios alunos. Isto por si já irá educar, o que não foi feito em casa, porque a escola não tem obrigação de educar, mas infelizmente precisa cobrir lacunas. Realizar inicialmente a coleta, colocar todo o lixo num único local para depois de determinado período realizar a separação. Aparecerão problemas e questionamentos, como por exemplo, vasilha com restos de alimentos, mistura de orgânico com lixo. E num projeto mais detalhado seria possível elencar outros mais.
2) Na agroindústria propor aos estabelecimentos um trabalho que tivesse uma participação efetiva de melhoria ambiental da propriedade. Possivelmente por nosso modelo ser capitalista, a pergunta seria sobre o que se ganha e o que se precisa gastar. Ótimo para começar, e aí propor uma análise da qualidade da água no processo para voltar e responder a questão do que se ganha. De posse dos dados, apresentar os resultados para todos conjuntamente colocando as implicações de legislação, para o próprio negócio, o que acarreta a má qualidade da água no produto final e assim por diante. Resolvida a primeira questão. Se ainda persistir a dúvida, aprendi com um gestor público que é preciso trabalhar o bolso e a vontade de querer. Todos sabem que uma denúncia de má qualidade, pode ser de um estabelecimento, leva junto toda a região por causa da dúvida. Então sim propor as soluções e acompanhá-las por um período não inferior a dois anos. Um exemplo: se a recomendação é limpar a caixa de água a cada 6 meses, no terceiro mês depois do dia da limpeza fazer análise da água. Em dois anos seriam quatro limpezas, algo fácil para acompanhar. E como no anterior, um projeto mais detalhado e pensado por várias pessoas traria riqueza maior ainda para ser trabalhada.
Se me classificar dizendo que sou prático somente, pode parecer num primeiro momento. Mas, não se iluda, tudo isto precisa de estudo, de conhecimento da sociedade, do grupo de pessoas, conjunto de estabelecimentos e tantos outros. Envolver as pessoas pode ser difícil, porque mesmo ações se longo prazo ainda tem uma pressão muito grande da sociedade que não está nada preocupada com tudo isto.
Penso até que independe de qual estamos falando, todas estão levando a beira de um colapso os recursos naturais. Talvez pequenos grupos indígenas e quilombolas consigam existir sem acabar com tudo. Mas, quem de nós saberia viver na condição deles?
Portanto, ao invés de ficar rotulando seria melhor ter ações duradouras para criar nova condição de oportunidade. Sabemos hoje que é possível fazer muito mais sem agredir e o melhor questionamento é a mudança de cada um. Porque o sujeito que muda, não se sujeitará mais a condição anterior. Mesmo sabendo que as mudanças levam décadas e quando não séculos para surtirem efeito e permitam a perpetuação da espécie humana.
Para inglês ver. 8/12/2017
Lá, na Inglaterra, estão defendendo controle com relação ao clima e aqui no Brasil, o ministro inglês quer continuar explorando mais petróleo com polpudas isenções de impostos. A expressão "para inglês ver" aqui é usada quando se diz algo que não é feito, realizado ou verdadeiro. E pelo visto o ministro inglês fez isto, só esqueceu que ele não está no Brasil. Será que os ingleses vão se render aos argumentos financeiros?
http://www.jb.com.br/pais/noticias/2017/11/20/ministro-ingles-fez-lobby-com-governo-temer-em-nome-de-gigantes-do-petroleo-do-pais-diz-jornal/
Um comentário sobre a notícia. 6/12/2017
TRF1 ordena consulta prévia a indígenas afetados pela mineradora Belo Sun e mantém suspensão do licenciamento.
E os índios não estão contra a mineração, só não querem problemas no futuro. O que qualquer empreendimento sério deveria prever. Mas, a minha pergunta maior é: o estado não deveria estar sendo sério e regulador? Está somente olhando empregos e impostos. Num sistema capitalista sem um estado enxuto, regulador e eficiente, nós só teremos problemas, corrupção e concentração financeira. E estas um dia vão provocar uma ruptura, como já aconteceu no passado. Posso estar errado, mas é minha percepção econômica e financeira, sem entrar em questões humanitárias e ambientais. Só para lembrar, qualquer empreendimento de grande impacto ambiental exige que se tenham audiências públicas. Agora vamos e convenhamos, se uma empresa tem como referência um crime ambiental ela não pode estar realizando obra igual ao do crime.
http://www.mpf.mp.br/regiao1/sala-de-imprensa/noticias-r1/trf1-ordena-consulta-previa-a-indigenas-afetados-pela-mineradora-belo-sun-e-mantem-suspensao-do-licenciamento
40 anos alternativos. 3/12/2017
Recebi dias atrás um pedido de ajuda financeira para uma escola alternativa que fica numa cidade perdida no tempo. Ela, a cidade, simplesmente existe e nunca mais se recuperou. Poderia ser o caos, mas também poderia ser uma grande sacada. Vamos lá.
A escola alternativa tem 40 anos, imagino então que alguém que tenha frequentado a mesma hoje já tenha até sua família constituída e como o lugar ficou esquecido no tempo, teria todas as chances de como um todo ser uma alternativa. Um sistema, a cidade, todo sustentável porque as pessoas teriam condições de autonomia, uma vez que tendo ficado esquecidas, estariam sobrevivendo de acordo com sua capacidade de adaptação. Caso contrário já teriam ido embora.
E estão pedindo ajuda financeira para manter a escola alternativa. São 40 anos que não deram resultado. Vendo aquelas crianças sorridentes, fazendo atividades as mais variadas, pensei em todas as crianças que conheço por aqui. Elas talvez nunca tenham esta oportunidade alternativa e chegarão em sua maioria, ainda neste século, na mesma situação de pedir o que lhes foi tirado.
A pressão econômica é alta e interessa o ganho financeiro. Talvez a escola tenha ficado refém deste modelo. Se for para ser alternativo é preciso romper as amarras financeiras, apostar que é possível viver, porque os mais adaptados é que perpetuam as espécies, e isto também com a humana.
Cuidado! 20/11/2017
A expressão “luta contra as mudanças climáticas” quer levar a um entendimento outro, está bem disfarçado e vem tomando corpo nos meios de comunicação. Mudanças climáticas nós temos o tempo todo nesta nossa casa, a Terra. Em cada local onde hoje residimos um dia já pode ter sido oceano, deserto, geleira e tantos outros.
Aqui onde resido é uma rota de tempestades. Os indígenas já sabiam disto e construíam suas habitações meio subterrâneas. Isto impedia que os ventos fortes destruíssem tudo e ainda era um excelente controlador da temperatura. Uma fogueira no centro embaixo, a fumaça saindo na parte de cima pelo centro, mantinha todos aquecidos.
Quando se diz luta, sempre poderá existir aquela ideia de lutar contra. Isto é, se alguém diz que temos mudanças climáticas outros tantos dizem que isto é invenção e que sempre foi assim. Tudo bem que tenha sido sempre assim, mas precisamos nos adaptar para a atual que está apresentando problemas novos.
A sobrevivência será sempre de quem se adaptou melhor e não de quem com todas as forças lutou contra. Portanto, cuidado quando um texto usa a expressão “luta contra as mudanças climáticas”.
O que era para ser bom deixa de ser. 16/11/2017
Tenho grande dificuldade em acreditar que nossos legisladores tenham verdadeiras e boas intenções. Começam algo que parece bom e depois se transforma num algoz para a sociedade. Se bem que com tanta corrupção atual é difícil acreditar que algo melhor possa acontecer, vindo destes que aí estão.
Pessoalmente questiono quanto é válida a lei de um legislador que foi denunciado, investigado, depois julgado em todas estas instâncias que se permitem em países ainda em desenvolvimento e condenado.
Assim, temos agora a PEC 181, http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2075449. De início bom para proteger a mãe de criança prematura. Mas, no meio foi colocado um “cavalo de troia” que entre outros não permitirá o aborto por estupro. Vou me ater ao estupro porque penso como fica a menor estuprada e que engravida.
Segundo a Nota Técnica, Estupro no Brasil: uma radiografia segundo os dados da Saúde, do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, março de 2014, em relação ao total das notificações de estupro ocorridas em 2011, 88,5% das vítimas eram do sexo feminino, sendo que mais da metade tinha menos de 13 anos. Fonte: http://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/artigo/21/estupro-no-brasil-uma-radiografia-segundo-os-dados-da-saude-
E aí? É válido ter mudanças que não tem nada com a proposta original? E se for aprovada, espero que não com este “cavalo de troia”, terá força constitucional para derrubar tudo o que a duras penas foi construído. Claro que somente permitir o aborto nos casos já previstos em lei não vai resolver os problemas, será preciso ainda muita educação para sair do nosso modelo patriarcal e machista que hoje disfarçadamente continua oficialmente nas mentes dos legisladores.
E desta vez em defesa do povo em geral, os representantes eleitos não representam porque o sistema eleitoral permite isto. Para mudar ainda será preciso alguma coragem outra, uma massa crítica não estuprada pelo patriarcalismo e que não seja obrigada a gestá-lo para que tudo fique como está.
Evolução. 11/11/2017
Penso que um sistema possa evoluir de duas maneiras, ou ele é desconstruído e aos poucos constrói-se outro, mais sustentável e equilibrado; ou ele implode e tudo é destruído e os que sobreviverem terão que se adaptar ao possível. O pior é que o erro se repete e o preferido é quando tudo é destruído.
Proibido. 10/11/2017
Daqui um tempo vai ser proibido sonhar com algo melhor do que isto que temos. Tudo está sempre vinculado a interesse econômico e se não for é tido como utopia. A série “Jornada nas Estrelas” tem vários episódios discutindo justamente esta questão da dominação. Ter interesse econômico é dominação. Muitos diriam que já está ultrapassado e que hoje isto não interessa. Interessa e muito porque ainda continuamos sendo humanos e mesquinhos. Exploramos o semelhante até onde é possível. Só para dar um exemplo bem fresquinho. Existe um empreendimento que demanda estrutura, construção, instalações e entre outros tem algumas condicionantes sociais e ambientais. Bem, para tudo tem orçamento, menos para as condicionantes. Quer dizer, até onde se sabe. E justamente estas condicionantes, são cumpridas de modo muito primário, cumprir algo para ser visto e não necessariamente ser eficaz. Bem, vamos lá, as condicionantes poderiam nem existir, já são um passo a mais. Agora querer que alguém trabalhe estas, preste serviço como voluntário é uma mostra de como exploramos o semelhante. Se for feito de graça, continuará provando que só a parte concreta vale. E deste modo recusar-se a fazer é um primeiro passo, mas sempre teremos alguém que se deixará explorar por alguma razão ou outra. Portanto, todo trabalho voluntário deveria ser proibido, entrar em greve geral por tempo indeterminado. Aí veríamos se um sistema somente com interesses econômicos se manteria do modo como está hoje, concentrando cada vez mais a renda na mão de poucos.
Dia do professor. 15/10/2017
Pessoalmente não tenho grande apreço pelas datas comemorativas, em parte porque tudo foi transformado em comércio. As mensagens são do tipo, mostre para sua mãe como você gosta dela. Engraçado que no dia do professor não se ouve estas chamadas, valorizando uma profissão, que precisa ter uma vocação também. Ela é a base de todas as profissões. Não existe profissão sem alguém que se dedique a transmitir, inspirar; levar dados, informações para serem transformados em conhecimentos.
Outra com relação à data comemorativa é o cinismo. Neste dia todos elogiam, lembram, mesmo que não deem valor em todo o restante do ano. No caso do professor isto é tão claro e televisionado todos os dias, principalmente com relação aos casos de agressão. Sem defender, não existem santos, mas a educação de uma parte e outra que vem da família têm sido cada vez pior. Temos um problema social difícil neste sentido, porque as pessoas têm filhos e esperam que o estado vá assumir tudo, não se sentem responsáveis por nada.
Seguindo, porque escrever justamente numa data comemorativa, dia do professor? Recebi a seguinte mensagem de um professor. “O professor medíocre conta. O bom professor explica. O professor superior demonstra. O grande professor inspira”, autor William Arthur Ward.
Perguntei para ele quantos inspiram. Fiquei sem resposta até agora. Penso que é porque são poucos ainda. O inspirar tem dois sentidos. Inspirar, levar para dentro com profundidade e inspirar no sentido de descobrir o próprio ser e sua máxima potência de realização.
É preciso sempre inspirar, os sonhos, as perguntas é que mostram a direção de nossa evolução, para onde seguir. Todo o restante é frustrante e cria todos os problemas que conhecemos.
Enfim, tecnicamente e pela legislação não sou professor, mas sou carinhosamente chamado de professor. Sempre tenho uma dúvida, mas se for quem professa aquilo que acredita, e inspira neste sentido, então sou professor. E assim, o dia serviu também para refletir sobre minha realização e a busca de minha potência máxima de realização do ser aquilo que sou.
Espero que inspire a todos na mesma busca.
A boa convivência. 11/10/2017
Nestes tempos tão apressados, quando a tecnologia ocupa nossas mentes e os corações já não sabem chorar, tudo se inverte. É mais ou menos como se quiséssemos caminhar com as mãos e usar os pés para digitar um texto. Faria sentido?
Posso também pensar que tudo venha a ser um exercício do absurdo ou mesmo uma tentativa da natureza. Sabemos pouco sobre o todo. Muitos continuam acreditando que algo sobrenatural controla tudo e o máximo que podemos fazer é aproveitar o que é possível. Assim, ninguém precisará ficar preocupado com nada porque a desculpa está pronta.
Neste turbilhão todo, uma experiência antiga que remonta aos nossos ancestrais são os encontros para conversas, uma boa convivência. Conversar faz bem, permite perceber a existência do outro. Aprender com os mais velhos, mesmo que todos já tenham milhares de dias de vida.
As crenças com o passar dos tempos sempre formataram as mentes, se elas foram totalmente necessárias ou não é difícil saber. O que posso dizer é que estar num grupo de pessoas com uma boa conversa, risos, pitos, alguma graça, jamais poderá ser substituído por algo melhor sem este mesmo grupo.
Depois de 31 anos, 24 empresas são condenadas por poluir Cubatão. 9/10/2017.
Muitas destas empresas, se não estou enganado, foram transferidas para Paulínia e continuaram poluindo. Isto porque o importante é crescer, crescer e crescer. As pessoas não faz parte desta equação.
Notícia em http://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,24-empresas-sao-condenadas-por-poluir-cubatao,70002021769
A joaninha e o desconhecido. 30/9/2017.
Voltei mais cedo do almoço pensando sobre a produção de um texto relacionado ao que vimos até aqui sobre os indígenas nas aulas da Especialização. Um tanto difícil pensar sobre o desconhecido, sei muito pouco sobre eles. Conheço um ou outro lugar que pelos vestígios, artefatos, foram habitados por indígenas. No mais, algo muito superficial.
Alguma coisa está se movimentando no braço e o primeiro instinto foi bater com a mão e mandar para longe. Afinal, somos uma geração “clean” e os insetos são um estorvo. Principalmente se forem aqueles mosquitinhos de verão que atazanam a vida da gente. A ação foi mais rápida, e a mão espalmada deslocando mais ar forçou a joaninha a voar um pouco antes para a carteira ao lado. Ela ficou lá e deu um ckick.
Quem sou eu? Quem sou seu para decidir que a joaninha não poderia seguir sua exploração? Em relação aos indígenas, acontece o mesmo. Não posso dizer nada além da minha experiência e de alguns encontros. Outro dia encontrei um local na beira do rio que parece ser um local de polimento de pedra. Fiquei imaginando como estaria o local na época, o que a pessoa estava precisando, se tinha pressa, se tinha sol ou não. Imaginei qual seria a necessidade do instrumento. Porque sem instrumento o alimento seria mais escasso, viver só da coleta exige grande perícia e deslocamentos.
Deslocamentos? Interessante, porque sempre penso nos indígenas de beira de estrada, quando se toma o máximo cuidado para não ter acidente porque o problema seria muito maior. Sempre olhei e nunca parei e até hoje também não tinha a curiosidade para compreender que este é o estilo de vida deste grupo de beira de estrada.
Nas palavras do cacique Nilo: “Nós dependemos muito das outras comunidades. Sendo Guarani é assim. Se alguma pessoa pedir para eu fazer conselho lá na outra aldeia, então tem que ir. Nós somos assim.”. Lembrando a cena da estrada consigo agora avaliar quão pouco sabia sobre eles.
A joaninha nesta sala ficará sem ter para onde ir e possivelmente morrerá. Eu poderia decidir deixar como está, mas ela também é uma desconhecida para mim. Decido colocar o dedo próximo a ela e ela aceita a carona. Vou até a janela e assim que sente a brisa, levanta voo e parte. Foi-se a minha desconhecida, da qual guardei somente as cores de suas listras: laranja, branco e preto. E mais algumas características como patas, um corpo e asas. Posso aprender mais um dia.
Voltando as palavras do Nilo, “nós dependemos muito..” não seria algo que uma pessoa em posição de chefia em nossa sociedade não indígena diria, porque seria sinal de fraqueza. Ele fala isto com naturalidade porque mborayu é traduzido como amor e reciprocidade. O desconhecido vai se mostrando na medida em que eu também queira encontrá-lo. Aí está o insight.
Ter informações sobre os indígenas somente não vai bastar, ter coleções de artefatos e outros para mostrar como estou antenado também não servirá para nada. Isto não quer dizer que não vou procurar saber mais, devo procurar, mas devo buscar o desconhecido nele mesmo. Procurar ter contato com os próprios indígenas pelos seus escritos, suas artes, sua cultura por eles mesmos. Apreciar autores e poetas indígenas.
Assim, da próxima vez que vir um indígena ou alguma de suas manifestações não terei aquela reação como com a joaninha, empurrar de lado porque está atrapalhando.
Continuo não entendendo. 28/9/2017
Hoje por um acaso fiquei sabendo do festival de dança interescolar de Francisco Beltrão. Já está no segundo dia, e ainda terá mais um dia de apresentações.
Para começar a diretora de Cultura na abertura citou alunos e alunas, professoras, diretoras e pais, ao mesmo tempo em que se perde a oportunidade de integração da Cultura para todos os cidadãos.
Na sequência o cerimonial na fala pediu para que todos ficassem até o final prestigiando todas as apresentações. O que isto quer dizer? Quer dizer que mesmo com boas intenções a Cultura, e neste caso a dança, é desde cedo compreendida como uma obrigação. Vamos lá porque tem isto na escola.
Não estou generalizando e dizendo que todos são assim. Unindo as duas falas têm o não envolvimento de toda a comunidade. Porque não se convidam as pessoas para assistirem e prestigiarem? Porque é só uma atividade escolar?
As escolas que se apresentam, mesmo mudando os alunos, porque os mais velhos e melhores vão mudar para outra escola, fazem apresentações ótimas, com profissionalismo e dedicação. Enfrentam os mais variados desafios para estarem ali no palco trazendo o resultado de horas, meses de ensaios.
E assim, continuo não entendendo porque se teima em marcar a Cultura como uma obrigação, quando deveria ser prazeroso assistir um espetáculo, aplaudir e incentivar para ter sempre mais. Se não tivermos Cultura, dificilmente teremos Educação. A Cultura é uma manifestação de nosso ser que encanta a todos, porque trás a oportunidade de estar diante do diferente sem julgamentos ou outro. Simplesmente apreciando porque todo espetáculo tem seu valor e o conjunto deles da valor a toda sociedade.
Agressões reveladoras. 27/9/2017
As notícias sobre ataques a gays e lésbicas tem sido uma constante. Claro que existe uma mídia supostamente comprometida com a diversidade e sabedora da nossa animalidade, agrada boa parte das pessoas com as manchetes policiais. Existe também aquela que apresenta a notícia sem fazer acréscimos e simplesmente relatando sua visão, porque se tivéssemos 100 pessoas assistindo a mesma cena, teríamos 100 notícias diferentes. Com alguns pontos em comum.
Aí começo a pensar um pouco e ver o que existe de comum, ou melhor, o que não é comum nestas questões. Não é comum pessoas do sexo feminino atacarem e sim do sexo masculino. Opa! Algo interessante e pensar o porquê é ainda mais desafiador.
Bem primeiro vou me permitir chamar a pessoa do sexo masculino que ataca outras pessoas, independente de qualquer atributo é um machão. Aquele que acha que é mais do que qualquer outra pessoa. Com isto não estou dizendo que não existam as machonas, mas os machões são maioria.
Bem, o machão quando olha para uma lésbica, que não lhe fez nada, fica extremamente mal porque para ele seria uma pessoa do sexo feminino com quem poderia ter um relacionamento. Aí ele vê uma pessoa linda, lésbica e que nunca será um par com ele. Ele vai lá e ataca, desfere agressões físicas e existem casos extremos.
E quando o machão encontra um gay? A situação é semelhante, ele vê alguém por quem poderia se apaixonar e ter um relacionamento. Mas, como isto não lhe é possível, porque ele é machão, então ele vai agride, ataca e existem casos extremos também.
Portanto, penso que o problema do machão é nunca ter sabido conviver com o diferente, porque se ele tem estas dúvidas é porque ele ainda não se resolveu. Se estivesse resolvido, curtiria viver sua vida, encontrando a pessoa com quem pudesse viver bem e num relacionamento bom para ambos. Aquele relacionamento que mesmo com as diferenças, as dificuldades, as discussões, segue, porque a diversidade faz parte da vida, e quanto mais melhor.
A tirania e o macaco preto. 25/9/2017
Na mata quando a árvore apodrece ela alimenta bactérias, larvas, fungo e tantos outros. Em alguns meses, anos, já não vemos mais a árvore e todo o ciclo continua. Existe toda uma sequência onde o resíduo de um sempre será alimento de outro.
Nestes milhões de anos a natureza chegou neste processo que permite a vida como a nós conhecemos. Bem, você poderia dizer que estou sendo ambientalista ou ecologista. Nada disto, hoje o ponto não é este.
O ponto é a confusão atual na qual estamos e que faz com que tudo caia da noite para o dia, e muitos se aproveitam disto para exercerem aquilo que temos de pior na espécie humana, a tirania.
O tirano é aquele que busca o poder absoluto sem medir esforços. Mortes fazem parte e é o preço da conquista. Com os meios de comunicação ficou mais fácil, porque existem muitas notícias que circulam somente para tirarem proveito da situação. Aumentando as chances de novos tiranos globais. Ameaças daqui e de lá e no fundo o que buscam é provocar a guerra porque isto lhes dará mais poder. Um vende armas, o outros combustível, o outro tanques e assim a lista gira de ambos os lados.
Pensando de modo bem simplista existe uma solução contra o tirano e é a desobediência, não levar para frente seu discurso. Mesmo naquela piadinha sem graça sobre um terrorista que nem sabemos se de fatio aconteceu. As notícias são plantadas, e as palavras passam a fazer parte do nosso vocabulário sem que se perceba.
Preste atenção que o tirano tem um vocabulário reduzido para “facilitar a comunicação com as massas” e “as massas tem preguiça para pensar” justificada por elas mesmas sem questionamento porque precisam sobreviver. Dizem: quem pensa muito morre de fome.
Portanto, uma maneira de acabar com a tirania é incentivar a leitura, a diversidade literária, mesmo que aos poucos, para tirar as pessoas desta monocultura que a exemplo do pinus, imperava como árvore sem predador. Isto também já não vale mais. Hoje o macaco preto descobriu que a ponta é doce e alimenta, enquanto que a árvore perdendo a ponta morre e ainda servirá de alimento para as larvas de besouro.
Dia da Árvore. 19/9/2017
Nos meus tempos de colégio, 21 de setembro, era o “Dia da Árvore” que coincide com o início da primavera. Fico pensando que a natureza em seus milhões de anos é mais inteligente do que este mortal e as estações são mais interessantes. A Primavera que não é somente minha prima que se chama Vera. Ela está desabrochando para um novo ciclo de vida, crescimento, realização das potencialidades ocultas no inverno. Muitos hoje têm alergia, mas ainda admiro as flores e todo seu potencial futuro.
Agora li uma postagem que nesta data se comemora o “Dia Internacional da Paz “. Estranho, e pretendo não pesquisar, faço somente um delírio filosófico. Mesmo depois de tanto tempo, ainda acreditamos que a natureza está aí par ser dominada e ficar a nossa mercê. Somos muito prepotentes querendo impor nosso querer porque somos livres em certo sentido.
Continuamos teimando em perder nossa conexão com a natureza parecendo personagens de filmes de ficção que viajam em naves interestelares. Sem solo, sem árvores, sem flores, sem abelhas, sem pássaros.
Pensando sobre documentários ambientais. 13/9/2017
Estou assistindo os vídeos do Circuito Tela Verde VIII e ouvindo um ribeirinho dizer que ele não gosta de ser mandado, levado a força a fazer isto ou aquilo. Fiquei impressionado e com uma questão.
É o seguinte: nós temos a maioria da população vivendo nas cidades e posso arriscar dizer que a vida não é fácil. Os locais onde se mora são pequenos, um amontoado de pessoas. Aí imagino que alguém nestas condições quando assisti um documentário de locais naturais belíssimos com algumas pessoas morando lá, ele dificilmente vai entender que estes locais precisam ser preservados dentro de um todo maior.
Se existem poucas pessoas morando lá, isto faz com que a cidade tenha condições relativamente boas ainda. Mas, será que isto é o que vai ser compreendido, a mensagem que se quer passar? Ou será que o olhar de quem está fora é de que a vida tem que ser igual para todos? Se a vida está ruim aqui, porque defender “eles” que tem uma vida tranquila. São questões, e pela ganância misturada com a ignorância, vemos que continua uma pressão alta para diminuir as comunidades indígenas, tradicionais e outros pequenos grupos.
Para os machões de plantão. 6/9/2017
Quando uma mulher está usando belas roupas, combinando com seu corpo, ela não está autorizando você a passar a mão sem consentimento. Se quiser passar o dedo, vá numa festa de aniversário e divirta-se com a cobertura.
Quando a noite você passar por uma garota num ponto de ônibus, com uniforme da empresa, mesmo sendo justo e ressaltando sua estética, isto não autoriza você a passar a mão sem o consentimento dela. Ela só foi linda para agradar outro que não você, com certeza.
Se você está na companhia de mulheres e sabe se portar não quer dizer que você deixou de ser homem. Saber se comportar quer dizer que só é ótimo aquilo que é feito com consentimento de ambas as partes. Não vale nenhuma prepotência ou vantagem a ser negociada no futuro.
Claro, se você for homem de fato, gentil, cavalheiro, fará muito mais diferença junto a mulheres belas, inteligentes e amorosas. As paixões passageiras passam com muito alarde. As boas estórias, as lembranças, são muito melhores e duram para sempre.
Machões contam estórias disto e daquilo, de quanto faturaram. Se elas realmente aconteceram pode ter certeza que eles encontraram seus pares que também nada valem, porque simplesmente se acomodaram ao modelo. Estas preferem os brutamontes e depois quando não suportam mais vem reclamar e pedir ajuda. Isto quando já tarde.
Mulheres lindas, educadas e inteligente preferem homens inteligentes e educados. Reparou que nem precisa ser lindo. Por acaso você conhece algum machão inteligente. A educação é o melhor antídoto para os machões e suas fêmeas correspondentes. Quanto mais educação melhor para todos.
Se um dia precisarmos economizar luz e desligar toda a cidade estaremos melhor do que hoje. Hoje, se isto acontecer os machões de plantão vão sair de seus redutos perseguindo suas presas. Já vi esta cena ridícula. Portanto, machões sempre existirão, mas a quem estará mais adaptado para sobreviver serão os homens e mulheres que saberão ser.
Ecossistema de inovação. 29/8/2017
James Moore em 1993 introduziu o termo “ecossistema de negócio” e não encontrei quem começou com “ecossistema de inovação”. E pela literatura que consultei rapidamente esta introdução do “eco” em sistemas de inovação me parece uma perfumaria. Como tudo tem sido eco, porque é chique, está antenado com a tendência de cuidar do planeta e outros, vai sendo usado. Um gatilho para ser lido.
Sempre bom consultar o dicionário para não acontecer como com a novilíngua de George Orwell na ficção “!984”, redução de vocábulos que não levam mais ao entendimento da realidade, ou para poder falar e se comunicar dentro da realidade.
Ecossistema, segundo o dicionário Houaiss é: “sistema que inclui os seres vivos e o ambiente, com suas características físico-químicas e as inter-relações entre ambos” e inovação é: “ação ou efeito de tornar novo”.
Aí vem o interessante, na combinação até faria sentido. Um sistema, incluindo os seres vivos e o ambiente, de ação ou efeito de tornar novo. A literatura aponta que 90% do conceito é uma combinação de exemplos bem sucedidos de aglomeração em termos geográficos, econômicos, industriais ou empresariais. No máximo apontam que a internet diluiu isto bastante e que hoje os aglomerados podem ser construídos em rede.
Poderíamos ir adiante, porque o conceito fica cada vez mais distante. Se usassem a palavra sistema estaria mais correto. E a pergunta, quem iria ler? Quem chegaria de manhã cedo falando em sistemas de inovação?
Teatro vazio. 17/8/2017
Esta estória de meio cheio é só para enganar. Alguém fica preocupado se só 10% dos lugares no teatro estavam ocupados para assistir a peça, “Pé na Curva”, por sinal, ótima em todos os sentidos, com questionamentos pertinentes que nós como humanos somos levados a esquecer?
A falta de cultura é tudo o que todo o sistema precisa para funcionar perfeitamente. Nada de questionar. Nada de fazer perguntas. Quanto mais silêncio melhor. O negócio é consumir e você vale pelo que gasta. Por aquilo que pode ostentar.
Enquanto isto, o teatro estava vazio, porque a cultura questiona, não irá para casa um sujeito feliz da vida, que tenha visto que tudo está bem. Irá para casa um sujeito que entre outras poderá começar a se perguntar por que perde tempo com tantas coisas inúteis, consumidas sem nem saber o porquê, mesmo tendo explicações racionais. O sistema quer alguém que faça perguntas? Mas, preste atenção e leia sobre negócios, todos os que fizeram perguntas se deram bem.
Promessas e mais promessas. 23/8/2017
Comentário sobre a notícia " Promessa olímpica, `Floresta dos Atletas´não foi plantada por falta de verba (http://globoesporte.globo.com/programas/esporte-espetacular/noticia/promessa-olimpica-floresta-dos-atletas-nao-foi-plantada-por-falta-de-verba.ghtml).
Será que os atletas que participaram da cerimônia vão se manifestar?
Um dia a conta vai chegar e todos vão se perguntar o que faltou. Faltaram pequenas ações que somadas fariam a grande diferença.
É a mesma situação com a preservação de solos contra a erosão, esquecem que as árvores seguram o impacto de uma chuva forte. Precisamos plantar mais árvores. Dúvidas?
Santo vinho. 18/8/2017
Quando os deuses ficaram chateados
Baco teve uma ideia
E assim todos gostaram dos céus
Tanto que buscam o “santo vinho”
Quando se vai até o fundo do poço da tristeza, sem ficar mentindo para ninguém que foi maravilhoso, aí se consegue sair renovado, sabendo que tudo será diferente, porque nada mais importa, a não ser estar junto de quem quer estar junto, todo o resto não vale a pena.
É preciso terminar a peça, tirar as máscaras e encarar o público de frente que é gente como todo mundo. Só os espertos ficam contando vantagem e dizendo que está tudo bem. Comece a conversar sobre a morte e todos saem correndo querendo esconder seu medo, porque sabe que vão morrer.
Esta é a graça da vida, enganar a morte e encontrar amores onde menos se espera.
Pensar. 9/8/2017
Fazendo um curso de conteúdo para Educação a Distância uma das tarefas era assistir um vídeo, “Aluno do Século XXI”, e em duas coisas saltaram grandes interrogações. A primeira dizia: ensine-me a consumir, no cartaz que uma criança segurava. Ora, consumir, pelo visto esqueceram que quanto mais consumimos, mais diminuem nossas chances de continuar existindo. A segunda dizia: ensine-me a pensar. Bem, se esta for a primeira, está tudo bem porque todas as outras são desnecessárias. Mas, o que é ensinar a pensar. Pensar é um ato pessoal que pode ser compartilhado. Precisam de muita leitura para ampliar o vocabulário para permitir vazão as ideias, a inovação que tantos procuram e principalmente a resposta a nossas questões mais profundas. De nada vai adiantar ter as tecnologias se não tivermos o que fazer com elas. Posso estar aqui escrevendo e nunca ser lido. Se a informação não for compartilhada, o conhecimento diminui. Admiramos Shakespeare pela sua criatividade, sua obra, no entanto seu dicionário de inglês era muito menor que hoje. Mas, de que adianta termos mais palavras se não soubermos ser livres para pensar?
Medos atuais. 4/8/2017.
As pessoas são caixas de surpresas para os outros e para elas mesmas. O que fica nos porões não dá para saber. As vezes nem a própria pessoa sabe. Por isto é preciso estar atento o tempo todo, no intento de procurar viver o melhor possível mesmo diante de dissabores inesperados.
Nossa! Estou parecendo autor de autoajuda. Penso que com a idade vem algumas coisas engraçadas como viver o processo ao máximo mesmo quando não é bom. Porque lá no fundo sempre se encontra algo de valor para outro momento, outra situação de vida.
Sabe que tenho saudades de algumas coisas do meu tempo de mais jovem. Você tinha a liberdade cerceada oficialmente e tinha muito mais liberdade entre as pessoas. Não tinha medo de fazer um elogio para uma menina e depois ela dizer que estava sendo machista. Não tinha medo de entrar sozinho num elevador sem câmeras com uma mulher porque lá na portaria ela poderia sair gritando que tentei algo a mais com ela. Não tinha medo de no nosso grupo de amigos ter somente um negro, que depois poderia dizer que estávamos sendo racistas e obrigando ele a fazer isto ou aquilo.
Sabe que outro dia pensei neste sentido e a lista ficou maior ainda. Aí fiquei pensando que para não sofrer muito, o negócio é seguir meio solitário porque a interpretação que as pessoas dão é terrível. E pior ainda quando não vão dialogar direta, aberta e francamente. Mas, ser mais solitário também não é bom, porque perde-se o contato, a química com as pessoas, os seres humanos.
Consumidores devolvem embalagens para os fabricantes. 2/8/2017.
Se a moda pegar será muito bom. E o que dizer dos importados que geram montanhas de lixo? Enquanto isso ficam fazendo encontros e mais encontros, num faz de conta o tempo todo. Se fosse proibida a produção daquilo que depois do uso não pode ser reciclado tudo mudaria. Mas, o argumento contrário é de que isto seria um caos social. Porque as indústrias geram emprego para as pessoas. Um argumento que no curto prazo faz sentido e no longo prazo leva todos para o mesmo fim mais rapidamente. Procuram-se tantas soluções e para o lixo é feito muito pouco. Um caso aqui e outro ali. Num país onde quem está no poder se mantém pela troca de favores e benesses dificilmente algo irá acontecer antes da perda de muitas vidas. Ouvi de um amigo que a economia quebraria antes do meio ambiente. Penso que pelo andar da carruagem grande parte das pessoas irão morrer muito antes da nossa mudança para uma vida mais sustentável.
Crescer e um dia morrer. 21/7/2017
Seguimos com muitas conferências, reuniões, grupos de trabalho e cada vez mais se vê tudo ao redor bem mais deteriorado. As ações de conservação são poucas e viajando pelos três estados do sul do Brasil dá para perceber que continua o avanço sobre as matas para aumentar a área de plantio. Alguns locais com a erosão avançando e aparentemente ninguém estranha ou pergunta por que tem que ser assim. Afinal, sempre foi assim.
Ano que vem teremos debates sobre a água, com participação de diversas nações, aqui no Brasil mesmo. Todos estão se esforçando para mostrar o que estão fazendo, pode até às vezes não ser, mas cada um aumenta o ponto a seu favor. Um dos grandes problemas que percebo é relacionado diretamente com a água, o lixo. Sim, está passando de modo sorrateiro. Continuam existindo lixões e mesmo se tivéssemos aterros sanitários isto não seria garantia de problema resolvi.
Qualquer canto escondido, estrada, terreno baldio, mata torna-se candidato a receber o depósito daquele sujeito sem noção que larga o lixo ali ao invés de levar para os locais de destino apropriado. Isto é, não adianta fazer um lugar onde se coloque corretamente o lixo se vivemos entre uma maioria sem educação, sem cultura.
O pior é que ainda preferem a quantidade ao invés da qualidade. É município feliz porque suas projeções são de aumento da população. Mais verbas virão porque tudo é contado por cabeça como boi no pasto. Quanto mais habitantes mais verbas e mais necessidades para serem atendidas. Quando vão parar e descobrir que quem é rico não sai passeando com um carro cheio de filhos sem muita condição.
Aumentar a população é aumentar a pobreza porque já somos muitos para conseguirmos viver em condições dignas, nem estou levando em consideração ser rico. Então ficamos todos reféns e nada parece querer mudar.
Neste sentido tem uma ideia que estou pensando ser boa. Se o sistema atual tem oposição, posso dar minha opinião de que deveria ser isto ou aquilo para um aumento de população. Aí se forem tomadas várias opiniões o sistema como tal tenta se manter, agradando um pouco aqui e um pouco lá. Resultado, ele não muda.
Assim, o melhor seria ajudar a crescer mas sem apontar as condicionantes para este meia boca de solução que não resolve nada. O sistema cresceria mais rápido e implodiria mais rápido ainda, dando lugar a outro. Existem algumas perguntas para isto acontecer que não consegui responder. Como proceder para incrementar o crescimento de modo mais acelerado sem ser quem manda? Será que a natureza aguentaria ter alguns de nós depois disto tudo?
O que é certo é que o crescimento um dia para e morre. Já tivemos quem nos antecedeu e assim seguiremos. Duas considerações que ainda animam. Não temos mais romanos entre nós e a Europa não nasceu culta.
Fidelidade. 5/7/2016
Os ladrões, corruptos, corruptores e tudo o mais, que ainda a maioria das pessoas entende como não serem boas para a sociedade, são mais fieis entre si. O poder de todos eles é grande e ninguém quer perder. Assim, entraram de vez na coisa pública, na política, para aumentar ainda mais os seus tentáculos e sangrar dos outros para obter mais fortunas. O risco maior está em ver pessoas que aparentemente honestas tecem elogios a fidelidade entre bandidos como se ser bandido fosse tão normal como é trocar de camisa quando está suada. Precisamos estar atentos se ainda acreditamos na honestidade, na ética, na preocupação com o outro. Porque é sempre mais fácil um honesto virar ladrão do que o contrário. Porque a fidelidade com honestidade não vai trazer nenhum glamour pessoal e sim somente uma sociedade mais harmônica onde todos possam viver bem.
Pensando fora do quadrado. 29/6/2017.
Agora pensando fora de qualquer quadrado lembro de quantas tribos, comunidades, sociedades, reinos e estados já nos precederam. Quando vamos aprender e viver ciclicamente, altos e baixos, nascimento e morte? Será que nosso sistema atual que nasceu corrupto finalmente dará lugar a outro, ou ainda tentará sobreviver a custa da vida de todos?
Parar de ajudar. 28/6/2017.
Dizem que a criança só aprende a andar caindo e levantando.
A minha sugestão é parar de ajudar naquilo que não se acredita ser a solução para o problema. E que ninguém venha com falsos moralismos para justificar ajuda a necessitados que amanhã vão continuar sendo necessitados e usados para manter tudo como está.
Aqui ainda vale a esperteza. 27/6/2017
Uma aluna depois de passar um fim de semana fazendo um trabalho sobre maioridade penal para um café filosófico postou a seguinte frase. “Engraçado, perder horas de sono fazendo um trabalho sobre maioridade penal , sendo que nenhum menor detido tá fazendo trabalho pra discutir a vida de adolescentes que acordam cedo todos os dias e vão a luta HONESTAMENTE.”
Hoje, passados 1 ano e 7 meses, do crime ambiental de Mariana, ainda não há plano de recuperação de áreas atingidas e a Samarco não pagou nenhuma das multas federais, e parcelou uma multa estadual em 60 parcelas.
Em visita a Noruega o Presidente do Brasil juntamente com o Ministro do Meio Ambiente do Brasil ouvem um pito e que não receberão mais verbas da Noruega para manter a floresta amazônica se o desmatamento aumentar.
Enfim, numa colônia vale a esperteza e não interessa nada mais a não ser salvar a própria pele. Com toda corrupção correndo solta, fica difícil até acreditar em si mesmo e de que ainda é possível reverter um quadro deste sem desaparecer.
Antes que esqueça, tivemos na região sudoeste do Paraná perdas com feijão e milho por causa das chuvas e geada antecipada. Será que estavam segurados, até quando as companhias de seguro vão cobrir perdas com mudanças climáticas? Dinheiro não alimenta ninguém se não tiver onde plantar.
Civilidade. 16/6/2017
Ultimamente está interessante perceber como de um lado estão os que em particular xingam e reclamam de outra pessoa que é mais pública, tem mais poder e aqueles colunistas que precisam de um pouco mais de tato antes de defender que xingar em particular não é um ato civilizado. Ora, como ser civilizado se quem está no poder, bem armado para estar lá, sem nenhuma preocupação com a civilidade, segue fazendo o que quer? Lembro que dias atrás vi um painel apontando os vereadores que estavam querendo criar mais um gasto para o contribuinte pagar. Logo vieram vereadores “ofendidos” dizer que não era bem assim, e que deveriam ver o que estão fazendo de bom pela população. As pessoas que estão no poder e aqueles que estão a serviço destes quando tornam a maioria pessoas ainda mais desgraçada em sua vida diária, irão provocar com certeza uma explosão pela falta de uma saída civilizada. É mais ou menos como o julgamento da chapa presidencial vencedora das últimas eleições. Como não começou com o pedido correto de cassação foram absolvidos e tudo bem. Mesmo quando os juízes sabiam das falcatruas. Como ser civilizado se as lições são todas ao contrário o tempo todo? Sou totalmente contra a força bruta, mas a natureza não tem nenhum problema quanto a isto. Porque teríamos nós que fazemos parte dela? Porque ainda não li nenhum colunista que tenha reclamado apontar o que fazer de concreto a não ser recitar as cartilhas de civilidade mofadas e que a muito tempo não fazem parte da biblioteca das nossas elites, dos que exercem o poder sobre a sociedade.
Depois que o TSE absolveu hoje a chapa Dilma/Temer de ilícitos na eleição de 2014. 9/6/2017
Teste seus conhecimentos fazendo associação da frase com seu autor/cidade natal.
1 - Diamantino - MT
2 - Caetés - PA
3 - Catolé do Rocha - BA
A - Antonio Herman de Vasconcellos e Benjamin
B - Gilmar Ferreira Mendes
C - Luís Inácio Lula da Silva
[ ] [ ] “Ninguém neste país tem mais autoridade moral e ética do que eu para fazer o que precisa ser feito.”
[ ] [ ] "É muito fácil fazer o discurso da moralidade, ninguém venha me dar lição aqui, de combate à corrupção"
[ ] [ ] "Recuso o papel de coveiro de prova viva."
Para refletir depois de responder. Um ditado diz algo como: nos menores frascos estão os melhores perfumes. Será que isto também não se aplica a frases marcantes e de grande valor? E mais uma para não perder a oportunidade. Quem tem ética e moral precisa estar falando o tempo todo que tem?
obs.: é só o que dá para fazer, uma questão de prova um dia. E de agora para frente fica aberta uma brecha que vai sangrar nossa cidadania por muito tempo. Se o pedido/acusação por não cumprimento da lei não for feito corretamente todos podem escapar ilesos. E é algo como a defesa colocou no início, se durante um processo o juiz fica sabendo que foram cometidos outros ilícitos ele não pode fazer de conta que não sabe esperando que alguém denuncie. Porque corre-se o risco de absolver na primeira porque era algo pequeno de alguns milhões de Reais e lá na frente aparecerá uma bola de neve muito maior. O tempo dirá se certo ou não. Mas, como não acredito em conversão de quem está no poder, penso que todo o cuidado é pouco.
Ainda temos esperança? 9/6/2017
A melhor notícia de hoje cedo foi que o time do Brasil perdeu o jogo para a Argentina na Austrália. Nada contra o futebol, mas neste momento de julgamento no TSE da chapa Dilma e Temer das últimas eleições, sem um resultado positivo no jogo os noticiários não irão gastar um tempo enorme com isto e deixarão mais espaço para notícias sobre o julgamento. Estamos simplesmente indo a fundo em toda esta roubalheira instaurada desde os tempos de colônia. Afinal, todos nós descendentes brancos e negros nunca fomos destas terras. Chegamos aqui no passado das mais diversas formas e continuamos de certa forma porque ainda é possível viver aqui sem acabar com tudo. Por isto é preciso não deixar mais que poucos usurpem o que pode ser de todos e possibilidade de existência digna para todos. Espero que nossas instituições ainda fiquem de pé e não venhamos a ter soluções outras como já acontece nas favelas. Se as instituições não derem o exemplo, se os poderes não buscarem seus fundamentos, o porque estão aí, pouco restará e será instaurada a confusão geral. Porque dias atrás, numa escola uma professora foi agredida por alunos porque ela cobrou deles em sala de aula a tarefa. Virou caso de polícia numa cidade próxima, em Dois Vizinhos.
Pioneiras que poderiam ser os pioneiros. 30/5/2017.
Lendo “What We Learned in the Raiforest” de Taichi Kiuchi and Bill Shireman, a passagem: “Se os recursos fossem abundantes na mata tropical, não haveria lugar para tais especialistas. As espécies consumidoras e de crescimento mais rápido as deixariam prontamente para trás, e a floresta não tardaria a ser dominada pela monocultura de estrategistas-r, como as denominam os ecologistas: espécies pioneiras crescem com rapidez, produzem muitas sementes e morrem cedo. São chamadas de “pioneiras” porque seu crescimento e sua fertilidade permitem-lhes dominar velozmente um campo aberto; e de estrategista-r porque sua estratégia central é a reprodução em massa.”
A associação foi direta pelo fato de estar residindo numa região que em muito valoriza seus pioneiros. Com toda a razão, porque num campo aberto, numa nova terra, são as pioneiras que vem fazer uma primeira cobertura vegetal. É só cortar um lugar e deixá-lo sem vegetação, como os muitos loteamentos que temos por aqui, que é possível observar esta sucessão. Talvez os pioneiros, humanos, não tenham agido assim porque se derrubavam as matas para garantir a sobrevivência. Diziam ser uma favelização do interior do Brasil. Tudo bem, nós não precisamos discutir se certo ou errado, não podemos com as informações de hoje julgar quem no passado não as tinha.
Mas, no presente não podemos querer insistir em manter o pioneirismo porque ele não garante a perpetuação e continuidade da ocupação e evolução. É preciso especialização numa segunda etapa. Precisamos decidir o que queremos ser e quanto mais diverso melhor. “A diversidade funciona” como afirma Richard Koch. Devemos sempre lembrar os pioneiros e que sem eles não estaríamos aqui hoje. No entanto, evoluir é preciso e os pioneiros prepararam esta condição. Cumpre a nós fazer o melhor uso dela e tomar as melhores decisões para o futuro que almejamos.
Cadeira vazia. 30/5/2017
Constrangido tenho que reconhecer que deveria ter enviado convite para a peça de teatro, O Pequeno Príncipe, que foi apresentada pelo grupo de teatro da UTFPR de Francisco Beltrão agora a pouco no Espaço da Arte. Ótima apresentação, trazendo com leveza a obra de Antoine de Saint-Exupéry. Sei quanto é preciso se dedicar, ir além dos estudos para apresentar uma reflexão bem atual para o público. Todos na maior parte do tempo continuamos vendo somente o chapéu.
Ver cadeiras vazias no teatro é sempre triste para a cultura, para os iniciantes, para aqueles acostumados com grande público. Sempre é melhor ter pessoas reclamando que não tinha lugar para todos no teatro do que uma cadeira vazia que prende o olhar, mesmo sendo por milésimo de segundo. A interrogação é a mesma. Por quê?
Assim, será preciso começar a transgredir o combinado e convidar. As pessoas podem não vir como acontece muito ainda. Mas, a Europa não nasceu culta, temos uma chance, podemos ser melhores. A cultura, e quanto mais diversa melhor, fez, faz e fará toda a diferença para todos.
Para avaliar se vale a pena voltar. 28/5/2017
Você escolhe sair à noite, talvez encontrar alguns conhecidos para ouvir boa música. Locais existem vários e com o tempo comparações acontecem. Lá é melhor a comida. Lá é melhor o som e por aí vai.
Assim, penso que para ser considerado um bom lugar, ele deve ter primeiramente pessoas boas. Se tiver revista na entrada já não serve. Por quê? Porque se for por causa da bebida, indica que as pessoas que frequentam o local não são lá tão éticas assim. Afinal, todos nós sabemos que os bons lugares têm seus lucros na comida e bebida. Se a revista for por problema de segurança então o melhor é dar meio volta, porque isto indica que os frequentadores podem se exaltar e tomar outros rumos quando alterados.
Seguindo, quando o atendimento tem dificuldades, o garçom quando vem atender explica que por razões de casa cheia, pelo sucesso do conjunto, o atendimento está prejudicado e pede para as pessoas esperam pacientemente. Isto é muito diferente de você chegar num lugar sentar-se à mesa e levarem 15 minutos para vir atender e outros 30 minutos para servir seu pedido.
A questão higiene não pode ter falhas. Se você chega ao lugar e foi usar o toalete depois de mais ou menos 2 horas de casa aberta, e não tiver coisas básicas como água, papel e sabão; desista que ali não é bom para voltar.
Bem, se a música for muito boa e for a primeira vez no local aí não tem jeito, mas nas próximas é melhor esperar que toquem em lugares que gostam de receber seus clientes com profissionalismo e qualidade, cobrando o justo pelo serviço.
Final de show. 28/5/2017
A insanidade espalha garras em todas as direções levando a tormentos maiores. Um círculo vicioso que se retroalimenta. A ignorância nasce pronta. Somos como papagaio de pirata. Sabemos repetir e não compreendemos. Uma dificuldade que aqui num final de show percebo tornar a situação mais grave. Seguimos como animais domados por vários controles que ninguém mais sabe por que existem. Perdemos a noção de que viver é o prazer da surpresa. Daquilo que novo espreita pela janela de oportunidades. Como seria sem serem as sombras que vagam perdidas e sem vontade para nada? Somos condenados? Seria o fim?. Amanhã todos seguirão sua vida medíocre e a letra da canção irá desparecer numa citação ou lembrança cantarolada. Perde-se a oportunidade de se questionar, por em dúvida a própria certeza de valor duvidoso. Isto deveria mudar ou será que somente quem mudou sabe a diferença?
Impressionante. 26/5/2017.
Depois que uma amiga postou isto: "Gostaria que cinco de meus contatos copiassem e publicassem este post (não compartilhar) . O objetivo é mostrar que existe sempre alguém para te ouvir, se precisar! !!! E acho que sei quem o fará!"
Respondi: Acho impressionante a virtualidade que se multiplica num pequeno esforço. Enquanto isso continuamos não querendo ouvir ninguém e nem jogar conversa fora porque isto é perder tempo. Risos bem reais aqui, para compartilhar vamos marcar um encontro real?
Seguir com quem quer. 26/5/2017.
Neste ano decidi seguir somente com quem quer e não ficar ligado a quem não quer. Parece ser uma afirmação infantil, porque a lógica do ou isto ou aquilo é o cotidiano da maioria. Vou então aprofundar um pouco mais pelas últimas notícias e artigos lidos e algumas dúvidas que tenho e que deveriam ser dúvidas daqueles que se julgam os melhores acima de tudo.
Vamos para o caso da corrupção. As entidades de classe são leais e buscam o melhor para os seus pares, associados que pagam caro. Por exemplo, a OAB, Ordem dos Advogados do Brasil, prima pela qualidade, regulação e boa imagem da categoria. Isto é, quanto melhor, melhor são os honorários, tanto assim que existe o exame para poder exercer a profissão. E assim, existem os diversos conselhos de classe. Minha dúvida é a seguinte: porque estas entidades mantêm em seus quadros advogados condenados pela justiça? Seria uma brincadeira?
O mesmo vale para as empresas. Numa leitura de jornal o comentarista escrevia que as empresas são as grandes geradoras de bens para a sociedade. Concordo, porque o próprio empresário faz parte da sociedade. E aí você tem uma parcela obrigatória de contribuição da indústria, que é destinada ao SENAI, que possui um programa de formação de público para apresentações culturais. Aqui ao menos, em nossa cidade, são uma lástima quanto ao público que comparece e quando me perguntaram porque eu respondi. É porque o empresário não acredita que a cultura é melhor para a sociedade, porque se acreditasse ele estaria sentado na primeira fila e incentivando seus funcionários a virem. Tão simples assim.
As empresas denunciadas e corruptoras confessas continuam fazendo parte das suas respectivas federações e não vejo nenhuma empresa associada das mesmas reclamando e dizendo que são sérias e que as federações não deveriam aceitar este tipo de associado. Para que existem os mais variados conselhos de ética em todas as entidades? Só para os outros verem que são sérias, quando de fato não funcionam?
Mas, voltando ao seguir com quem quer. Agora a pouco li uma notícia do Observatório do Clima que dizia: “Antes fora do que dentro. Na semana em que Donald Trump fez sua primeira viagem internacional e ouviu de líderes mundiais apelos (cada vez mais constrangidos) pela permanência dos Estados Unidos no Acordo de Paris, um pesquisador australiano resolveu desafiar a corrente. Luke Kemp, da Universidade Nacional Australiana, publicou na revista Nature Climate Change um comentário argumentando que, para o bem do acordo, é melhor os EUA ficarem de fora do que permanecerem dentro bloqueando o avanço. Afinal de contas, diz Kemp, a decisão mais fundamental e danosa Trump já tomou: não cumprir a NDC e não dar mais dinheiro para o Fundo Verde do Clima.” [O negrito na citação é meu].
De que adianta ficar com quem não quer e que ainda por cima atrapalha os outros que estão querendo. O pesquisador australiano está certo porque o que funciona é a diversidade. Richard Koch é uma boa lembrança neste momento, “ A diversidade funciona. Sempre leva a uma diversidade cada vez maior, e a um crescimento sustentável.”
Portanto, se quisermos existir enquanto espécie humana, precisamos ser sustentáveis, e isto implica em não querer ter todos no mesmo grupo, na mesma monocultura (monocultura é o pior do agronegócio e está aí provando com suas perdas de produção a cada ano pela falta de diversidade.), é preciso diversificar e quanto mais diverso melhor para todos. Até para aqueles que acham que não precisam ser sustentáveis. Siga com quem quer porque empurrar peso morto exige muito mais esforço.
Somos ricos. 24/5/2017
Nossa colônia chamada Brasil continua sendo rica e muito bem saqueada. Aqui você começa num cantinho, uma portinha e se expande em uma geração tornando-se multinacional com sede e controle fora do país. Mas, para dar certo você precisa estar aliado com o poder e de preferência corrompê-lo para que continue a serviço de mais poder ainda.
Enquanto isso a maioria fica vivendo de migalhas e a livre iniciativa não se manifesta porque no fundo quem não está lá fica se perguntando por que não lucrou também. Porque não se tornou poderoso a ponto de manipular toda a massa.
Sabemos pelos montantes envolvidos que somos ricos e que daria muito bem para todos estarem vivendo bem, com uma classe média grande e onde a pobreza de fato teria sido eliminada. Mas, isto não interessa ao poder e enquanto dizem que somos pobres, ruins em tudo, uns poucos fazem suas fortunas porque a pobreza sempre deu lucro.
Ladrão. 18/5/2017
Gritei, pega ladrão e
A dúvida paira até agora.
A maioria saiu correndo.
Será que foi para ajudar a pegar?
Toda esta corrupção e roubo só são reconhecidos por aqueles que não estão recebendo e por aqueles que pagam a conta de tudo. A ética e moral da bandidagem estão ganhando de lavada, enquanto fica-se assistindo fazendo piada, sem nenhuma idignação de fato. Tudo porque até agora só estamos nas bordas da lixeira. O centro dela, aquele que detém o controle dos fluxos financeiros e decide quem vai ter o que, está cuidando para que tudo daqui a pouco se normalize. Esta quebradeira deveria uma vez atingir a todos. Mas, continuamos sendo simplesmente uma colônia, onde uns poucos agradam ao rei enquanto ficam com alguns trocados. Somando todo este dinheiro de corrupção para lá e para cá nunca ficamos sabendo que somos de fato tão ricos. No entanto continuamos tão desgraçados por viver neste país chamado Brasil.
Separação que mata. 14/5/2017.
Tudo o que é unido permite viver e driblar a morte. A separação é o contrário e hoje tive mais uma vez esta confirmação. Posso me considerar cidadão planetário ainda não de todo completo, mas continuo neste sentido. Atualmente em Francisco Beltrão, resolvi conhecer as belezas naturais e paisagísticas de nossa região e fazer uma espécie de álbum na internet. Publico também no Facebook para incentivar as pessoas a buscarem novamente se religar com a natureza da qual estamos por demais separados. Um conhecido fez um comentário sobre uma cachoeira que no seu tempo de juventude e talvez já adulto conhecesse. Disse que tem mais de 30 anos que não vai ao lugar. Isto é, todo este tempo criou uma distância que contribuiu de certa forma para a degradação ambiental da região. Posso estar enganado, mas só cuidamos daquilo que nós conhecemos e de que estamos pertos e vemos constantemente. Não ir aos locais, cria uma distância que também não mais busca o cuidado. É muito tempo, sem sentir o prazer do som ensurdecedor das águas caindo. Aquele prazer de querer ficar lá, mergulhar para nunca mais voltar. A separação mata qualquer conexão e se quisermos de fato melhorar nossa qualidade de vida, precisamos novamente trazer as pessoas para estes locais, sentirem a presença e a conexão natural com o que garante nossa existência gratuitamente. Espero poder conseguir fazer isto também e assim contribuir para que no futuro possamos continuar existindo como espécie humana e que outros que não conheço também tem este prazer da união com a natureza.
A competência não vale. 13/5/2017
O problema não é se direita ou esquerda, o problema é quem decide sobre a circulação do dinheiro. Quando ele não circula nos meios de troca e é acumulado por poucos surgem todos os problemas como a corrupção, o roubo, a usurpação do outro e assim por diante. É só pegar o melhor funcionário de qualquer categoria, em qualquer negócio, sem esquerda ou direita, disto ou daquilo, e ver que ele nunca poderá ter as mesmas benesses de seu patrão simplesmente porque é o seu patrão quem decide o que ele terá e não a sua competência.
Mais asfalto. 13/5/2017
A lembrança da maioria da população por ter uma defasagem grande no tempo perde-se com facilidade e força ao mesmo tempo ações ignorantes que depois prejudicam os mesmos. Um dos exemplos é a opção pelos carros nas cidades. Anuncia-se aqui e ali mais asfalto nas ruas. Aquele menino pobre que andava em ruas barrentas não conhecia a calçada e hoje continua não sabendo que são elas que servem para as pessoas caminharem. Resultado, ele só sabe trazer asfalto para as ruas porque nos acostumamos a olhar aquilo para o qual nosso olho e por consequência o cérebro está treinado para reconhecer.
Porque sou contra o Projeto de Lei do Senado nº 221, de 2015. 10/5/2017
Existe quem defenda e quem não o meio ambiente. O que já é no mínimo estranho e contraria uma lógica muito simples. Se a natureza prove a vida de todos e se nós fazemos parte do todo, então nós precisamos cuidar da natureza, porque cuidar dela é cuidar de nós mesmos. Isto é claro para todos?
Não, e todos os que poluem, causam danos, tem justificativas econômicas e sociais para seus atos. E como a maioria é totalmente alheia ao que acontece ficamos nesta situação de como muitas outras espécies acabar sendo extintos.
A razão deste início é a tentativa de novamente alterar a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), Lei Nº 9.795 de abril de 1999, fazendo com que a Educação Ambiental (EA) se torne uma disciplina obrigatória no ensino fundamental e médio. Todos nós concordamos que quanto mais educação melhor e para a maioria educação e disciplinas escolares são sinônimos quando na realidade não são.
A política atual estabelece que a EA é uma responsabilidade de todos e deve permear toda a sociedade. No passado lembro que tive uma disciplina denominada “ecologia”, ela era a responsável por resolver todos os problemas do mundo, enquanto que as outras disciplinas continuavam fazendo mais do mesmo. O resultado foi que não deu certo porque contraria o que foi apresentado no primeiro parágrafo deste texto.
Esta tentativa de novamente transformar em disciplina irá gerar o mesmo resultado. Então fica uma dúvida. Porque esta nova tentativa? Posso colocar o que penso sem ter pesquisado muito, somente rememorando algumas situações. A primeira é econômica com transferência de responsabilidade. Porque você agrada quem quer dar aulas de EA com todos os outros que já dão aulas em diversas disciplinas e não tem a EA em seus conteúdos e nem querem. Porque existem muitos que estão fazendo e encontrando bons resultados no conjunto escola, comunidade e sociedade.
A outra é acenar com um tema mais palatável e até tecnicamente viável. É só ver o que acontece com disciplinas como filosofia e artes. São relegadas para um segundo plano, quando são essenciais para uma sociedade que deseja evoluir.
E finalizando, penso que se fizéssemos uma pesquisa agora para saber quantos professores ao menos leram uma vez a PNEA e dialogaram sobre a mesma em suas disciplinas teríamos uma mensuração melhor do tamanho do problema. O fato é que na EA temos ainda muito discurso e pouca prática educacional de fato. Porque ao mesmo tempo em que dizemos que a educação é essencial e melhora tudo, nós ainda acreditamos que a disciplina, materialização de conteúdo específico, vai resolver tudo.
Se você concorda, peço para ajudar e votar contra o Projeto de Lei (PLS nº 221/2015) acessando http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/120737 .
Gosta de política? 7/5/2017
Sim e estar aqui para uma reunião e uma troca de informações para verificar se será possível fazer algo em conjunto é política. A pessoa olhou meio estranha e depois arrematou. Eu gosto de fazer política, esta movimentação toda, as idas e vindas. Questão. Ela estava se referindo ao partidarismo enfadonho que nos cerca e que muitas pessoas gostam simplesmente para saber quanto poder elas tem sobre determinado número de pessoas. Seguindo na conversa perguntei se sabia quantos votos cada vereador tinha de fato recebido nas urnas. Não sabia. Então, o número de votos lá sentados não representa a vontade da maioria, porque a maioria dos votos vem pelo sistema que não representa. Enfim, tudo continua na mesma com o passar dos anos. Discursos sobre discursos e tudo montado para que o desinteresse continue. Ninguém quer participar ou arregaçar as mangas de fato tendo este modelo único como opção. Mas, quem está no poder gosta desta política partidária e mesquinha enquanto se deixa de lado a verdadeira política que é a interação, a busca por uma polis melhor para todos.
Último Religar Semanal. 1/5/2017
O Religar Semanal chega ao número 50. A ideia foi sempre trazer reflexões que pudessem promover possibilidades e oportunidades. No entanto cada projeto que se tem precisa de mensuração de resultados e não tendo é preciso seguir em outra direção. Afinal, a fila sempre anda e o tempo é implacável.
http://religar.net/files/Religar-Semanal---Numero-50.pdf.
Sobre jardins verticais. 3/4/2017
Esquecem que a natureza não é rede social no sentido de que a imagem está valendo desde que tenha muitas curtidas e compartilhamentos. Na vida real precisamos compartilhar a atitude de plantar mais árvores e isto também não quer dizer transformar tudo em monocultura. "A diversidade funciona". Arborizar áreas urbanas e recuperar mata nativa, ampliando as áreas de proteção são ações que melhoram a qualidade de vida de todos.
Verdade. 1/4/2017
Quando ouvi alguém dizer que é a primeira vez que a verdade será contada fiquei em silêncio alguns segundos.
Retruquei: você está querendo dizer a sua verdade ou no máximo de algum grupo que você representa e que não conheço.
Ele afirmou novamente: é a primeira vez que a verdade será contada.
Analisei um pouco mais e percebi quanto nos falta para sermos livres da imposição da verdade. Da imposição aberta e direta ou mesmo daquela que repetida milhares de vezes torna-se verdade para a maioria. O que é a verdade?Verdade.
Quando ouvi alguém dizer que é a primeira vez que a verdade será contada fiquei em silêncio alguns segundos.
Retruquei: você está querendo dizer a sua verdade ou no máximo de algum grupo que você representa e que não conheço.
Ele afirmou novamente: é a primeira vez que a verdade será contada.
Analisei um pouco mais e percebi quanto nos falta para sermos livres da imposição da verdade. Da imposição aberta e direta ou mesmo daquela que repetida milhares de vezes torna-se verdade para a maioria. O que é a verdade?
Tempos muito difíceis. 18/3/2017.
Estes são tempos em que vale somente o resultado econômico no final, se morrem algumas pessoas isto faz parte e nada mais acontece. E assim, além de sermos exímios depredadores da natureza, aos poucos, se já não há muito tempo, deixamos de ser humanos, ou melhor, criamos diferenças para não considerar a humanidade em seu todo. Vale o meu grupelho, o meu partido, a minha religião, a minha entidade, a minha gangue, o meu grupo de interesses escusos, e a lista fica interminável.
O exemplo marcante, nacional e recente é Mariana em Minas Gerais. A barragem da Samarco se rompeu e mesmo com pessoas que morreram ninguém foi processado criminalmente. É feita uma construção, tem responsável e depois que passa a funcionar ninguém mais é responsabilizado por nada. Se isto não é uma diferenciação entre humanos então é o que?
Lembrando que as grandes mudanças, domínio de uma sociedade sobre outra aconteceram pelas armas, pelos germes e pelo aço, conforme Jared Diamond. Qual é a saída que resta para as grandes massas de humanos alijadas e controladas para se manterem submissas? Desenvolver alguma doença (germes), meio difícil. Alguma tecnologia para se tornar independente, a maioria deve ter pensado nisto quando a mineradora prometeu mundos e fundos. Esqueceram que a barragem era também uma arma.
E continuamos nos tempos difíceis com discursos de que a pessoa não pode em último caso e situação crítica defender sua própria vida. Ela não deve demonstrar reação ao bandido para que ele não atire nela. Mas, ninguém faz a pergunta por que para o ladrão fica cada vez mais fácil assaltar e sair-se bem. Até as instâncias públicas e administrativas já descobriram isto e continuam assaltando porque não podemos reagir, para não nos matarem de vez. Tempos difíceis estes.
Sugestões para revisão do Plano Diretor de Francisco Beltrão - PR. 6/3/2017.
1- Não expandir a área urbana pelos próximos 10 anos.
Isto obrigaria a sermos inteligentes e estudar melhores soluções para a área urbana, principalmente os vazios urbanos especulativos.
2- Cumprir a legislação vigente para topo de morro e fundo de vale.
Fiscalização e criação de meios fáceis para a participação da população por denúncias através de aplicativo: registro fotográfico do local, data, hora e coordenadas geográficas, gerando um protocolo para que o denunciante possa acompanhar. Criar transparência na área ambiental quanto a autuações, fiscalização, multas e outros. Se a administração é pública toda a população precisa saber o que está acontecendo.
3- Francisco Beltrão ser signatária do Programa Cidades Sustentáveis.
Para ter uma cidade com qualidade de vida e padrões referenciados e reconhecidos nacionalmente. Além de ser uma importante ferramenta para participação de toda a população.
4- Estabelecer metas e prazos para cada um dos objetivos da Política Municipal de Meio Ambiente e Política Municipal de Educação Ambiental.
Estas metas e objetivos com ampla transparência e divulgação para que os munícipes saibam de fato o que está sendo feito e porque. Caso contrário ficamos com algo como até hoje. Existe, mas não se sabe o que foi feito.
5- Compostagem domicilar de resíduos orgânicos vegetais.
Acrescentar na lei de cisternas para construções novas, que venham a ser reformadas, alteradas, a inclusão de um local para fazer compostagem de acordo com a previsão de número máximo de pessoas que poderão ocupar o imóvel. Deve valer para todos os tipos de habitação, uma vez que é possível fazer em apartamentos também.
6- Mapa de cheias disponível facilmente para toda a população, inclusive via aplicativo referenciado por coordenadas geográficas.
7- Criação do Instituto de Planejamento Urbano autônomo através de lei específica.
A estreia que não aconteceu. 23/2/2017.
Era para ter sido declamado um poema de minha autoria no Espetáculo Renascimento Cultural que aconteceu agora a pouco no Espaço da Arte em Francisco Beltrão. Umas duas horas antes do espetáculo é que me dei conta de que seria minha estreia no teatro, na voz do ator Guilherme Lima.
Uma frustração entre as muitas da vida, não pelo não acontecimento, mas pela promessa não cumprida. Já estava estranho no dia do primeiro ensaio, quando pediram para levar os poemas que tinha enviado porque deu problema de impressão. Aí num momento do primeiro ensaio, o diretor do espetáculo Vilmar Mazzetto sai com a seguinte afirmação, olhando para mim, “se eu consigo colocar a poesia do Cláudio Loes no espetáculo eu consigo fazer qualquer coisa”. Eu não ia mandar nada, pediram na primeira reunião onde todos foram convidados e que se alguém quisesse apresentar sua arte que mandasse várias opções para escolherem uma. Resultado: escolheram uma, estava no roteiro e não aconteceu. Fico muito chateado porque ainda sou ignorante e acredito que as pessoas vão fazer tudo o que prometem e todos se darão bem.
Doação de alimentos. 13/1/2017
Lendo a notícia " Doação de alimentos pode render benefícios a empresas" - http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2016/11/10/doacao-de-alimentos-pode-render-beneficios-fiscais-a-empresas, fico pensando que tem algo errado nisto tudo. A ideia básica é de que 5 dias antes da data de validade os alimentos possam ser doados e para incentivar que isto ocorra está prevista uma dedução do imposto de renda de até 5%.
De um lado está se empurrando muita coisa desnecessária que depois tem um desperdício enorme lá na ponta consumidora. Por outro lado com uma medida destas não se irá procurar eficiência na logística e produção porque um valor "mínimo" estará garantido para o excesso de produção que teria validade vencida na prateleira.
A justificativa de alimentar quem não tem condições é um apelo e tantos que esconde uma sociedade que nada tem de social. Ela é puramente apelativa, não procurando de fato ser melhor em seu todo. Se tem alimento sobrando e ficará vencido o que precisa ser feito, não é usar a pobreza como massa de manobra. Deveria isto sim ter uma responsabilização financeira por produção de excessos desnecessários. E quanto a pobreza que fique sendo um questionamento o incentivo que damos a ela para continuar. Se quem não tem condições de se alimentar, passar a receber alimentos, existe uma grande chance de multiplicar o número de pobres e não o contrário.
E continuaremos a ser uma sociedade rumo a grandes massas de miseráveis, manobráveis, para deleite de poucos. É isto que queremos?